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Agronegócios
Quinta - 25 de Novembro de 2004 às 08:45

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Os produtores do Nortão que tiveram que frear o plantio logo no início da safra 2004/2005 devido às irregularidades das precipitações, voltam a ter problemas novamente. Desta vez é a estiagem que está causando dores de cabeça ao setor em Nova Mutum. Há mais de uma semana sem chuva os produtores não estão vendo a soja brotar do chão. “Em baixo o solo está úmido mas por cima a terra está seca e criou uma crosta grossa. A planta não está tendo forças para romper essa barreira”, explicou o secretário de agricultura, José Francisco Moraes.

Segundo ele, a estiagem atinge todas as regiões do município e as nuvens que se formam apenas alimentam as esperanças de novas chuvas. “O tempo se arma até aprece que vai chover mas acaba passando em branco”, disse. “Estamos há mais de uma semana sem ver a chuva e estamos apenas na esperança das previsões que é de chuva no final da semana. Estamos confiantes e esperançosos nisso se não alguns produtores terão que fazer o replantio”, alertou.

Conforme Moraes, com o solo umedecido a planta resiste um pouco mais mas se não puder ultrapassar a terra seca, em uma semana quem plantou nas últimos 15 dias terá que fazer o plantio novamente. “São áreas pequenas onde o plantio foi feito recentemente. Não temos uma previsão concreta do que pode ser afetado mas acredito que não passa dos 10% da área que já foi cultivada”, calculou o tamanho da área prejudicada. O cultivo da safra 2004/2005 já chegou a 90% dos 400 mil hectares previstos para serem plantados nesta safra. No início do plantio a secretaria estimava uma área de até 410 mil hectares mas a nova previsão é de uma redução na área plantada.

A falta da chuva é um problema a mais para os produtores que este ano, além de enfrentar a alta nos produtos (defensivos, agrotóxicos) para produção, enfrentam também a queda nos preços da oleaginosa. “O prejuízo só não vai ser maior, pois são áreas pequenas, alguns talhões das propriedades, a serem replantadas se for necessário. Mas diante da situação em que vive hoje o mercado da soja é um prejuízo a mais para o produtor”, destacou.

Se a estiagem durar além de uma semana, Francisco já prevê uma queda na produtividade e a previsão feita por alguns agrônomos de até 60 sacas por hectares, pode não se concretizar. "Com certeza haverá uma quebra na produtividade de das 50 sacas ‘que é média do município’, poderá haver uma quebra de até 5% ou mais conforme o tempo que irá levar para chover”, analisou. “Estamos confiantes nas previsões e vamos rezar para que chova até o final de semana”, finalizou.

A expectativa é de uma produtividade de 50 a 52 sacas por hectare o que deve render uma produção de cerca de 205 mil sacas, ou seja, mais de 1,2 milhão de tonelada. Isso se o tempo colaborar.




Fonte: Só Notícias

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