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Repórter News - reporternews.com.br
Agronegócios
Terça - 16 de Novembro de 2004 às 09:03
Por: LYGIA LIMA

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O fato registrado pelo poder público e produtores foi detectado ainda no processo de floração.

A soja é responsável por 80% da economia de Primavera do Leste (239 quilômetros ao Centro Sul de Cuiabá) e por isso mesmo qualquer alteração climática ou aparecimento de doenças nas lavouras é motivo de preocupação no município. O surgimento da Ferrugem Asiática, antes mesmo da floração em algumas áreas - que já estão plantadas - vem exigindo um monitoramento mais próximo tanto pelos produtores rurais como também pelo poder público.

A doença fúngica, compromete o desenvolvimento da planta e prejudica o preenchimento dos grãos e consequentemente, afeta a produtividade das lavoura.

O secretário de Agricultura de Primavera do Leste, que também é engenheiro agrônomo, Luiz Nery Ribas, diz que ainda não dá para prever prejuízos em decorrência do aparecimento da Ferrugem no município. "Os produtores já teriam que fazer aplicações de fungicida de qualquer forma, e se eles fizerem o correto monitoramento não deve ocorrer prejuízos", afirma.

Ribas disse também que o município vem trabalhando em parceria com as fundações de pesquisa, tanto a Fundação MT como a Fundação Centro Oeste, além da associação de engenheiros agrônomos no município que vem orientando os produtores sobre os riscos em função do descuido da lavoura.

"Em Primavera temos o maior número de profissionais de agronomia do Estado, proporcionalmente, isso porque aqui são 300 profissionais que integram a associação e todos são nossos parceiros", informa.

Até o momento os produtores plantaram cerca de 50% da área de soja, que no total somam 260 mil hectares só em Primavera do Leste e outros 255 mil hectares na grande região. A produtividade média esperada para essa safra é de 3,2 mil quilos de soja por hectare, o que dá cerca de 52 sacas/hectare.

No ano passado, os problemas com o clima, e também com a Ferrugem fizeram com que a produtividade caísse cerca de 500 quilos por hectare, uma perda considerável.

Nesse ano, apesar da doença também ter aparecido cedo nas lavouras da região, os prejuízos não devem ser tão consideráveis, porque os produtores estão mais conscientes do problema e já investiram na aquisição de eficientes para combater a doença.




Fonte: Diário de Cuiabá

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