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Cidades/Geral
Quarta - 27 de Outubro de 2004 às 14:16

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Os funcionários que estavam trabalhando na construção das 74 casas populares -de madeira- "bateram o martelo" e decidiram que não vão mais voltar ao serviço. Na terça-feira (19), 17, dos 23 contratados, decidiram cruzar os braços até que o pagamento de dois meses de salários atrasados fosse efetuado. Ontem, o responsável pela empresa João Pereira pagou os R$ 23 mil de salários aos 23 trabalhadores contratados desde o início da obra mas a promessa de que voltariam aos trabalhos não foi cumprida.

O motivo, segundo o presidente do Siticom (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Construção Civil e do Mobiliário), Vilmar Mendes Galvão, foi o não atendimento das outras reivindicações que eram registro em carteira e recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). “Empreiteiro não garantiu o registro nas carteiras -que acredito estar em poder do Ministério do Trabalho- e nem provou que recolheu o FGTS”, explicou. “Diante dessa situação, sem garantia nenhuma, os 17 trabalhadores que ainda estavam trabalhando na obra decidiram que não voltam mais”, assegurou. Os outros 6 trabalhadores Vilmar disse que eles já haviam deixado o serviço, devido ao atraso no pagamento dos salários, pois estavam tendo dificuldades em sustentar as famílias. “Esses seis que já tinham saído mas também receberam o que estava atrasado”, garantiu.

Vilmar disse que dos 17 funcionários 8 procuraram o sindicato que agora entrará com uma ação individual junto à Justiça para garantir o recolhimento dos direitos dos trabalhadores. “Quem procurar o sindicato irá receber, aqueles que não se interessarem e preferem deixar por isso mesmo não vão receber nada”, alertou.

As casas estão sendo construídas através de um convênio entre prefeitura e governo do Estado. As obras que começaram em março deveriam estar prontas em 90 dias mas quase 5 meses já se passaram e as residências -que irão beneficiar famílias carentes do município- ainda não estão concluídas. Segundo Vilmar cerca de 80% da obra já está pronta. “Desde o começo esta obra vem dando problema tanto é que até hoje não foi concluída”, frisou.

Só Notícias tentou falar com João Pereira, responsável pela empresa empreiteira, para saber o que pretende fazer agora diante dessa situação mas os telefonemas não foram atendidos.

Só Notícias também tentou falar com o secretário de Finanças, Astério Gomes, que ajudou nas negociações para o pagamento dos salários atrasados dos funcionários, para saber se a prefeitura pretendia continuar com a mesma empresa ou não mas o atendimento na prefeitura é feito somente à tarde.




Fonte: Só Notícias

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