Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 17 de Setembro de 2004 às 12:03
Por: José San Martín

    Imprimir


A umidade relativa do ar (URA) em Cuiabá chegou a 16% em medição feita às 14h de ontem. Para se ter uma idéia da variação, às 10h a URA estava em 53%. O coordenador da Defesa Civil de Mato Grosso, Domingos Iglésias Valério, explicou que a baixa URA provocou uma condensação carbônica na floresta amazônica formando uma névoa seca que cobriu a Grande Cuiabá durante todo o dia.

Ponto crítico

“Vi este ano que, a recorrência de 30 anos, o ponto crítico apontado pelos nossos estudos foi 1987, quando a URA chegou a 14% em Cuiabá. Naquele ano o governo suspendeu as aulas no período da tarde”, lembrou. A tendência, segundo Iglésias, é o retorno à situação da semana passada, quando a URA chegou, no dia 7 de setembro, a 16% às 14h.

Proibição

O período de proibição de queimadas em Mato Grosso, de 15 de julho a 15 de setembro, foi prorrogado ontem por tempo indeterminado em decorrência das condições climáticas. O termo aditivo da portaria 001/2004 foi assinado pelo secretário especial do Meio Ambiente, Moacir Pires, e o gerente regional do Ibama de Mato Grosso, Hugo Werle, pela manhã, na Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema).

“A estiagem este ano está atípica e, ao consultarmos o Inpe [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais], fomos informados de que não há previsão de chuvas para Mato Grosso, por agora”, explicou Pires.

“Esta atitude está sendo tomada porque temos consultado e observado a problemática das queimadas nos diversos municípios do Estado”, emendou Werle.

Preocupação - O balanço de focos de calor neste ano, até a quarta-feira (15), aponta 53.962 focos de calor em Mato Grosso, um número preocupante para as autoridades em comparação com os 54.962 focos registrados em 2003, 57.145 em 2002 e os 32.551 em 2001.

Este ano, especificamente no período de proibição, os focos cresceram 58% (34.163) em relação ao ano passado (21.658) e 60% em comparação com 2002 (21.361). “Nos sentimos tristes com esse relatório porque fizemos todo um trabalho de orientação. Uma coisa que nos chateia é ver a fumaça que sobe de queimadas em terrenos baldios”, lamentou Pires.

O secretário diz esperar a colaboração da população para que o termo aditivo seja respeitado. Ele alerta que as equipes de fiscalização continuarão em campo, autuando e multando quem queimar, até que os órgãos competentes divulguem o fim do período proibitivo.




Fonte: Folha do Estado

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/374444/visualizar/