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Agronegócios
Terça - 24 de Agosto de 2004 às 18:49
Por: ROSI MEDEIROS

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Mais uma indústria de agroquímicos, com capacidade para gerar 70 empregos diretos, poderá se instalar em Mato Grosso. Diretores de duas empresas do ramo de defensivos agrícolas, a Action Agro e Tatu Crop Sciences, com atuação nos países que compõem o Mercosul, estiveram reunidos nesta terça-feira (24.08) com o governador Blairo Maggi, no Palácio Paiaguás, para discutir a implantação de uma indústria de agroquímicos no estado. A indústria será criada a partir da união das duas empresas.

"Entre as opções que nós temos, essa de Mato Grosso nos parece bastante atraente. Esperamos nos próximos dias assinar um protocolo de intenções, no qual serão detalhadas as responsabilidades do Estado e da indústria, e a projeção de data para implantação", informou o diretor-presidente da Tatu Crop Sciences, Oscar Chanoski, que estava acompanhado do diretor de marketing da Action, Fidel Macul Júnior.

De acordo com o diretor da Action, a nova indústria irá produzir inseticidas, fungicidas e herbicidas, produtos voltados para o controle de pragas das lavouras de grãos. "No mercado brasileiro, o consumo do glifosato (um tipo de herbicida usado em lavouras de soja) é de 200 milhões de litros por ano. Esperamos produzir 5% dessa demanda, o equivalente a 10 milhões de litros", explicou Chanoski.

Entre as regiões analisadas para possível instalação da indústria em Mato Grosso, estão as cidades de Cuiabá, Rondonópolis e Primavera do Leste, segundo informou os diretores. "Destacamos estas cidades por causa da logística de distribuição dos produtos", informou Macul Júnior. O projeto é de que a obra compreenda uma área de 40 mil metros quadrados, sendo utilizado 7 mil metros quadrados no início das atividades.

"Será um indústria moderna, com o uso de alta tecnologia", afirmou Chanoski. Devido à preocupação com o destino correto das embalagens, o sistema de revenda não será por meio de galões. "Instalaremos tanques reservatórios no cliente final, nas propriedades", disse.

EMPREGOS - A indústria empregará inicialmente 70 trabalhadores. "Só traremos de fora três profissionais, por causa da implantação da alta tecnologia. Os demais serão empregados e treinados na região onde formos instalar a indústria", informou Chanoski.

"Mato Grosso, em perspectivas de médio e longo prazos, é o estado que oferece as melhores condições, acompanhado de uma política de Governo séria que nós temos visto aqui", disse o diretor da Tatu Crop Sciences, sobre os motivos que atraiu o grupo. O estado é o maior produtor de soja e algodão do país. "Além de grande produtor é o que apresenta maior perspectiva de crescimento de produtividade, utilizando apenas o cerrado", disse o diretor da Action sobre as potencialidades do Estado.

PARCERIA - A Tatu Crop Sciences é uma indústria de síntese de produtos para agricultura, ou seja, produz a matéria-prima dos agroquímicos. Instalada na cidade de Assunciòn, no Paraguai, há sete anos. "A marca, no entanto existe há 77 anos no mercado", informou o diretor presidente. A empresa exporta seus produtos para todos países da América Latina, exceto Brasil e Argentina.

A Action, com sede em Curitiba (PR), misturadora brasileira de herbicidas, fungicidas e inseticidas, atua no mercado há 33 anos. A empresa detêm linhas de produtos para o tratamento de madeira, produtos para lavoura de soja, algodão, milho e também para o uso doméstico. Os dois grupos estão se unindo para criar uma indústria de agroquímicos. "O nosso objetivo com essa união é reduzir o custo do alimento na ponta final, que acreditamos ser a intenção do Governo de Mato Grosso também", disse o diretor da Tatu Crop.




Fonte: Redação/Secom-MT

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