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Cidades/Geral
Sexta - 25 de Junho de 2004 às 16:58

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Cinqüenta por cento do número de ocorrências registrados na delegacia Municipal de Alta Floresta são cometidas por menores infratores. Na maioria roubos e furtos. “Isso toma muito tempo e acaba prejudicando as investigações em casos mais relevantes como crimes contra a vida e tráfico de drogas”, relatou o titular da delegacia, Gianmarco Paccola.

A necessidade de uma equipe especializada, para atender delitos que envolvam menores, levou o deputado Juliano Jorge(PL) apresentar projeto que autoriza a implantação de uma Delegacia da Criança e Adolescente em Alta Floresta.

“Precisamos dar a chance para esses adolescentes traçarem um novo plano de vida, dentro dos princípios da lei, além de desafogar os trabalhos da delegacia municipal”, justificou o parlamentar.

Já experiente na área de atuação com menores infratores, a titular da Delegacia Especializada do adolescente (Dea), em Cuiabá, Marise Vale Sant’ana, ressalta a importância de ter um órgão especializado no setor. “É um tratamento diferenciado com servidores treinados para atender o menor infrator o que facilita, e muito, no processo de ressocialização”, afirmou a delegada.

A Delegacia da Criança e Adolescente tem como função receber os adolescentes suspeitos ou envolvidos na prática de ato infracional. Nela é registrado o flagrante, se for o caso, e o adolescente presta depoimento. Posteriormente, responde a processo judicial.

O juiz aplica uma medida sócio-educativa de acordo com a gravidade do ato.O adolescente pode receber advertência, ser obrigado a reparar o dano, prestar serviços à comunidade, viver em liberdade assistida, semiliberdade e internação. O menor pode pegar até três anos de detenção.

Cerca de 15 adolescentes estão em regime de internação no município de Alta Floresta. Eles recebem acompanhamento religioso e jogam bola. Estão em celas separadas, mas por falta de uma delegacia especializada convivem no mesmo ambiente que os demais presos.

“Não podemos deixar os adolescentes que cometeram crimes considerados leves, como roubos e furtos permanecerem internados no mesmo espaço físico que os presos praticantes de crimes graves contra a vida”, disse Juliano Jorge, ao destacar que é preciso realizar trabalhos de educação e profissionalização. Atividades que, segundo ele, evitam a prática de novas infrações.




Fonte: Assessoria/AL

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