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Polícia Brasil
Segunda - 10 de Maio de 2004 às 19:24
Por: Denise Nyederaurer

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A polícia judiciária civil desencadeou, nesta segunda-feira (10.05), a Operação Ciclone coordenada pela delegada Lusia de Fátima Machado, titular da Delegacia Especializada de Polícia Fazendária e Administração Pública.

Dez delegados e mais de 40 policiais civis cumpriram os mandados de busca e apreensão, expedidos pela juíza Marcelina Melo Reis, em empresas acusadas de sonegação fiscal. Foram apreendidos documentos e computadores das empresas Lex Contabilidade, Gráfica Tucano, Gráfica Dias, Comercial de Transportes Dias.

De acordo com a titular da delegacia fazendária, Lusia de Fátima Machado, a quadrilha atuava na sonegação de ICMS na venda de cereais, arroz, soja e madeira. Lusia, revela ainda que, há seis meses, investiga o esquema. Segundo ela, ao todo, 30 pessoas participavam da quadrilha que, em dois anos, teria causado um prejuízo de cerca de R$ 2,3 milhões aos cofres públicos.

Participavam da quadrilha, entre outros, fiscais fazendários e funcionários da Secretaria de Fazenda. O crime é de sonegação de ICMS e de emissão de notas fiscais frias através empresas "fantasmas" abertas.

Eram usadas documentações originais da Secretaria de fazenda desviadas por funcionários. As notas, assim que chegavam aos postos de fiscalização, tinham a quarta via retida pelos fiscais envolvidos, que depois incineravam o resto, impedindo que elas fossem registradas no sistema da Sefaz.

"Todas as transações foram feitas em dinheiro e os contatos em telefones públicos, em lugares abertos, como estacionamentos e parques da cidade", explicou Lusia. A delegada disse também que irá pedir a quebra do sigilo fiscal e telefônico de todos os envolvidos.

De acordo com as investigações, os contadores envolvidos criavam firmas fantasmas e expediam notas fiscais. Essas eram usadas para vender cereais, mas o imposto não era recolhido.

PRISÕES - São nove as pessoas presas, que serão autuadas em flagrante por crime contra a ordem tributária. Os presos estão sendo autuados em flagrante por crimes de estelionato, falsificação de documentos públicos, sonegação de impostos e formação de quadrilha na sede da polícia Judiciária Civil, no Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO).




Fonte: Secom - MT

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