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Cidades/Geral
Segunda - 26 de Abril de 2004 às 11:39
Por: José Luiz Laranja

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A exploração ilegal de madeira em doze reservas indígenas de Mato Grosso preocupa o líder do PT na Assembléia Legislativa, deputado Ságuas Moraes. Para o parlamentar a questão de reserva indígena é intocável.

“Ela (reserva) é resguardada pela legislação brasileira e qualquer tipo de degradação que se faça na reserva é condenável”, lembrou o deputado petista.

Motivada pela crescente demanda por madeiras tropicais para suprir o mercado internacional, a Fundação Nacional do Índio (Funai), em Mato Grosso, alerta para a situação crítica em que se encontram as doze reservas.

Segundo levantamento da própria Funai em Cuiabá, nas 55 terras indígenas do Estado, que somam 12% do território mato-grossense, as madeiras mais procuradas são aroeira, jatobá, angico e ipê.

“A exploração excessiva e sem manejo adequado é um problema que se arrasta há muitos anos no país. Todo mundo sabe que é proibida a extração ilegal de madeiras, mas o problema continua. Entendo que a Polícia Federal precisa agir imediatamente”, explica Ságuas.

Para o Ibama, os números de extração assustam e levam à constatação de que o Brasil já movimenta anualmente cerca de US$ 1,1 milhão com exportação de madeiras somente da região amazônica.

A intenção do governo, por intermédio do Ministério do Meio Ambiente, via Ibama, é direcionar a exploração de madeiras para áreas onde a atividade madeireira possa atuar de maneira indefinida e por longo prazo.

Entretanto, Ságuas Moraes vê prejuízo e futuros conflitos nas áreas indígenas em relação a essa possibilidade. “Estou preocupado se o Congresso aprovar a sustentabilidade. Isso pode acabar com nossas reservas rapidamente”, avaliou o parlamentar.

Ságuas defende mudanças na metodologia de ação do governo para a questão da exploração de nossas florestas por parte das indústrias madeireiras: "A política florestal brasileira para a Amazônia tem de mudar o seu paradigma, caso contrário os conflitos ficarão mais sérios”, lembra o deputado.




Fonte: Assessoria/AL

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