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Polícia Brasil
Domingo - 11 de Abril de 2004 às 13:52
Por: Carlos Martins

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Nascido no interior de Goiás há 53 anos, João Arcanjo Ribeiro veio para Mato Grosso ainda na década de 70. De ex-policial civil, Arcanjo amealhou uma das maiores fortunas de Mato Grosso, riqueza iniciada com o dinheiro do jogo do bicho, por meio da Colibri Loterias. Através das factorings, aumentou o capital e o poder emprestando dinheiro para empresários, financiando campanhas políticas e participando de operações que, investigadas pelas autoridades, resultaram em processos na Justiça.

Relatórios secretos da Agência Brasileira de Investigação, a Abin, indicavam que Arcanjo estava envolvido com a exploração de cassinos, narcotráfico, contrabando de armas e de pedras preciosas. A queda do império começou justamente na época em que ele tentava expandir os negócios e aumentar os lucros com a exploração das máquinas caça-níqueis controladas no país pelas máfias italiana e espanhola com as quais Arcanjo mantinha associação. Os assassinatos de parceiros envolvidos com as máquinas em 2002 (sargento Jesus e Rivelino Brunini) levou as investigações policiais até Arcanjo.

A fortuna de Arcanjo incluía fazendas, financeiras, construtora, rede de postos de combustíveis, Rondon Plaza Shopping (em Rondonópolis), um jatinho Citation X da Cessna avaliado em US$ 15 milhões (colocado sob a custódia da Polícia Federal) e hotéis, um deles em Orlando, Florida (EUA) avaliado em US$ 50 milhões. Todos os bens, incluindo o dinheiro em contas correntes, foram bloqueados. Em dezembro passado, o juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal, declarou o perdimento dos bens em favor da União e que são estimados em pelo menos US$ 500 milhões.




Fonte: Diário de Cuiabá

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