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Agronegócios
Quinta - 23 de Janeiro de 2014 às 12:10
Por: Thalita Araújo

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Tanto no campo quanto fora dele, algumas características tornam o algodão uma cultura de alto risco. Mas, apesar das marés ruins nas temporadas anteriores, na safra 2013/2014 o algodão volta a ser uma ótima opção ao produtor de Mato Grosso.

Segundo o presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Milton Garbugio, estudos do Cepea/Esalq apontam o sistema de plantio de soja na primeira safra e algodão na segunda (com espaçamento de 0,76 metros) como o mais rentável em 2013 no Estado.

“Nada mais natural, portanto, que o produtor mato-grossense aposte no cultivo do algodoeiro como melhor opção de plantio de segunda safra diante de um cenário desfavorável para o milho”, disse Garbugio ao Agro Olhar.

Seguindo este pensamento, este ano as estimativas são de uma área de 582 mil hectares de algodão no Estado, um crescimento de 28% em relação à safra passada, gerando uma produção que deve chegar em torno de 812 mil toneladas.

Em relação aos custos de produção, Garbugio comenta que tiveram leve queda no final de 2013, mas continuam altíssimos, acima de R$ 6 mil por hectare, de acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).

Para o presidente da Ampa, esse é um dos motivos que tornam a cotonicultura uma atividade de alto risco. Outro traço negativo é que o setor continua sem o reajuste no preço mínimo do algodão há mais de 10 anos.

“Convém lembrar também que o mercado da pluma é controlado pela Bolsa de Nova York, cujas cotações são afetadas pela disposição de compra da China, maior produtor e importador mundial, e, embora haja muita especulação, ninguém sabe de fato como os chineses vão se comportar em relação a seus estoques reguladores ao longo de 2014”, finalizou Milton Garbugio.

Sem muito impacto no bolso

Ao contrário do que ocorreu na cultura da soja, a lagarta Helicoverva armigera não deve causar impactos significativos no planejamento da cultura do algodão. 

De acordo com o pesquisador e entomologista da Ampa, Miguel Soria, no algodoeiro a incidência e combate desse tipo de pragas é comumente maior no sistema de produção de Mato Grosso.

“Possivelmente a programação de aplicações específicas direcionadas para H. armigera na cultura do algodão será realizada, o que já controlará H. virescens - a lagarta-das-maçãs - e provavelmente A. argillacea - a lagarta-curuquerê - e C. includens -a lagarta-falsa-medideira. No entanto, creio que o custo para o controle de lepidópteros praga não será aumentado de maneira geral”, disse Soria





Fonte: Agro Olhar

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