Campo Novo: morador que insistir no uso de “bags” para ensacar lixo responderá criminalmente

Em 2013 entrou em vigência uma lei que proíbe o uso das imensas bolsas usadas para ensacar lixo em Campo Novo do Parecis. O bag foi abolido no município, por ser considerado foco de proliferação do mosquito da dengue.

Por um tempo quase desapareceram por completo, mas em alguns bairros, eles ainda persistem, em residências e terrenos baldios. A utilização dos bags seria para recolher os restos de entulhos de construção, ou mesmo folhas e galhos. Entretanto, todo o tipo de lixo é descartado nos bags, fazendo com que os objetos retenham a água da chuva e sirva de criadouro e proliferação do mosquito.

Para o presidente do Comitê Intersetorial de Mobilização e Controle da Dengue Paulo Martins, indiscutivelmente alguns moradores só se conscientizam, quando são atingidos diretamente no bolso.

“Dengue em Campo Novo virou caso de polícia. Se os moradores que já foram notificados continuarem a utilizar os bags, serão multados e responderam por crime de saúde pública. Durante todo o ano passado a população foi avisada e orientada sobre os perigos que esses grandes sacos de lixo representa. É apenas uma questão cultural que precisa ser modificada. O lixo doméstico deve ser ensacado em pequenos sacos de lixo, para que o caminhão faça o recolhimento, como em qualquer cidade”, disse.

Secretário de Saúde

Sobre o recolhimento dos bags por parte da prefeitura, o Secretário Interino de Saúde, Marcio Canterle, disse que este serviço não será mais prestado pelo município.

“A partir de agora, o morador que utilizar os bags terá que contratar serviços particulares para a retirada. É uma preocupação da Secretaria de Saúde com toda a população, de que mais esse foco do mosquito seja eliminado por completo. Infelizmente este é o único caminho para que haja mais consciência.

As equipes de fiscalização estão nas ruas e irão notificar e multar os moradores reincidentes. Será gerado um processo civil que será encaminhado ao Ministério Público e o morador responderá por crime de saúde pública”, esclarece.