Governador se diz "injustiçado" com cobrança sobre obras Silval diz que nem todas as obras em execução são para o Mundial de Futebol

O governador Silval Barbosa (PMDB) reclamou, durante evento na última quarta-feira (5), na Capital, que se sente “injustiçado” por parte da Imprensa quando o tema são as obras em execução para a Copa do Mundo em Cuiabá e Várzea Grande.

As declarações foram feitas durante a criação do Comitê Receptivo para a Copa, que ocorreu na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

Afirmando que pretende evitar questões relacionadas a atrasos em obras, ele afirmou que “enfrenta dificuldades 24 horas por dia” para a execução dos projetos, desde intervenções do Ministério Público Estadual (MPE) até problemas para conclusão de licitações.

"[Eu me sinto injustiçado] em algumas matérias, sim. Porque misturam tudo, achando que todas são obras da Copa, e não são todas" “[Eu me sinto injustiçado] em algumas matérias, sim. Porque misturam tudo, achando que todas são obras da Copa, e não são todas”, disse.

O governador defendeu que apenas as seis obras presentes na Matriz de Responsabilidade assinada com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) são realmente ligadas à realização do torneio mundial de futebol, em junho.

“Eu aproveitei a oportunidade para fazer uma verdadeira transformação na região metropolitana de Cuiabá, mas nem tudo sai no tempo que você planeja. E aí, vendem isso para fora como a coisa mais negativa do mundo, quando, na verdade, é um legado que fica”, disse.

Silval justificou alguns atrasos nas obras como reflexo da qualidade apresentada por cada projeto.

“Eu não vou aceitar obras de má qualidade. Por isso, todas as obras que contratamos têm garantia de cinco anos. Qualquer defeito que elas apresentem deverá ser corrigido pelas próprias empresas, com custo próprio delas”, afirmou.

Prometendo que as obras essenciais serão finalizadas a tempo para a realização da Copa - que, em Cuiabá, terá início no dia 13 de junho, com o jogo entre Austrália e Chile -, Silval pediu o apoio da população e da própria imprensa para aproveitar o momento para mostrar receptividade aos turistas e revelar as potencialidades de Mato Grosso para o mundo.

“Não vamos mais falar de obras. Elas ficarão prontas. Precisamos focar na receptividade das pessoas. Obras, o que estiver faltando, eu converso depois com os prefeitos”, disse o governador.