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Cidades/Geral
Sexta - 07 de Março de 2014 às 22:58

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A Justiça decidiu manter na Comarca de Alto Taquari (479 km ao Sul de Cuiabá) o julgamento do enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, réu confesso do assassinato da juíza Glauciane Chaves de Melo, em junho de 2013.

O julgamento será no dia 20 deste mês, a partir de 8h, no Fórum da cidade. Lima teve negado o pedido de desaforamento do julgamento pela Turma de Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

No entendimento do relator do recurso, desembargador Rondon Bassil Dower, o pedido para desaforamento do julgamento, ou seja, levar a realização da sessão do Tribunal do Júri para outra cidade, distante do local do crime, não trouxe nenhuma prova de sua necessidade.

“A mera alegação de que o delito imputado ao requerente causou grande repercussão na sociedade local e que o seu julgamento no distrito da culpa poderá comprometer a isenção do júri, desacompanhada de elemento de convicção, traduz-se em simples conjecturas, insuficiente para o deslocamento do processo para comarca diversa”, destacou o desembargador.

A defesa de Evanderly Lima sustentou que, pelo fato da vítima ser mulher, de cor de pele clara, com boa posição social e ter sido magistrada na comarca, a imparcialidade dos jurados estaria comprometida.

Nenhuma das alegações da defesa foi acatada pelos desembargadores, que seguiram à unanimidade o voto do relator, negando o desaforamento.

O crime

Evanderly de Oliveira Lima era ex-companheiro da juíza. Eles estavam separados e, em depoimento a Polícia Civil, ele confessou o crime. 

Ele não aceitava a separação e o fato de, supostamente, a magistrada estar se envolvendo com outra pessoa.

O enfermeiro afirmou na delegacia, quando da sua prisão, que foi até o Fórum, onde a juíza estava, sem a intenção de matá-la. 

Glauciane Chaves foi morta com dois tiros na cabeça dentro do gabinete dela. O crime aconteceu no dia 7 de junho de 2013.

Relação

Natural de Conselheiro Lafaiete (MG), a juíza havia assumido a Comarca em junho de 2012. 

Ela e o enfermeiro mantiveram uma relação estável, encerrada oficialmente no mês de janeiro de 2013. 

Mas, segundo informações, eles já estavam separados desde dezembro de 2012. O casal não tinha filhos.

Segundo informações de servidores, Evanderly entrou no Fórum, ao qual tinha livre aceso, e foi direto para o gabinete da magistrada, onde iniciou uma discussão. 

Em seguida, ele sacou um revólver e efetuou dois disparos. O barulho gerou um início de tumulto no local. 

Na sequência, ele fugiu correndo do local. Um segurança do Fórum chegou a persegui-lo, e fazer alguns disparos na direção do enfermeiro, que se escondeu num matagal.





Fonte: Do Mídia Jur

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