Jayme Campos detona governo Dilma por sucateamento da PF e poupa segurança de Silval Barbosa

Depois de algum tempo sem ataques frontais, o senador mato-grossense Jayme Campos (DEM) saiu da letargia e assumiu a pré-campanha, com críticas duras que classificou de “processo de desmonte da Polícia Federal” e, num contexto ampliado, do funcionalismo público em geral. Campos afirmou na Assembleia Legislativa de Mato Grosso que os serviços públicos federais passam por uma “inércia sem precedentes” e a corrupção “campeia” no governo da presidenta Dilma Rousseff (PT). 

O parlamentar participou da audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa para discutir a reestruturação da Polícia Federal em Mato Grosso, na condição de representante da bancada federal de Mato Grosso. Estranhamente, Jayme poupou o governador Silval Barbosa (PMDB), aliado de Dilma e que tem deixado a desejar na área de segurança pública, especialmente na pareceria com a Polícia Federal nos mais de 750 quilômetros de fronteira seca de Mato Grosso com a Bolívia.

Ele sugeriu à presidente Dilma Rousseff (PT) que conserte os "desmandos na Petrobras", por exemplo, e que o dinheiro que "vaza pelos ralos" na estatal petrolífera seja utilizado para dar segurança nas áreas de fronteira. 

Jayme se referiu à compra da "usina sucateada" nos Estados Unidos pela qual a estatal pagou US$ 1,2 bilhão.

"Esse dinheiro daria para repor as perdas salariais dos agentes federais, do funcionalismo como um todo, que está em atraso há dez anos. Além disso, no caso da PF, equiparia a nossa polícia, nas metrópoles e nas áreas enormes de fronteiras com os países do narcotráfico", disse.

Jayme Campos afirma que a presidente Dilma deixou de governar para estar a cargo do seu partido, o PT, que estaria se aproveitando muito bem disso.

“São mais de 50 mil cargos comissionados criados pelo Planalto. É a corrupção oficializada, onde os contemplados reforçam o PT e ainda pagam ‘dízimos’ para encher o caixa petista”, afirmou ele, acrescentando que o PT possui orçamento maior que muitas capitais.

O senador revelou que vai a propor ao seu partido, com cinco senadores e 29 deputados federais, uma “força-tarefa” para exigir do Planalto medidas eficazes para acabar com o "estado de penúria" em que se encontram a Polícia Federal, as autarquias e órgãos da administração direta federal. 

Jayme Campos observa ainda que é preciso reparar a situação fronteiriça em se tratando de combate ao narcotráfico e segurança nas fronteiras. Ele observou que, no caso de Mato Grosso, são mais de 750 quilômetros de fronteira com a Bolívia e somente uma delegacia, em Cáceres, onde há apenas 45 policiais.