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Policia MT
Segunda - 24 de Março de 2014 às 16:37
Por: Priscilla Silva / Patrícia Neves

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Olhar Direto

Há exatamente um mês, o policial militar Leandro Almeida de Souza, 22, está afastado de suas funções e submetido a um tratamento psicológico. O policia foi o autor dos disparos que mataram seu colega Danilo César e a jovem Karina Fernandes Gomes, durante uma desastrosa tentativa de assalto na casa de câmbio "Rápido”, na avenida getúlio Vargas, em Cuiabá, no final de fevereiro. Alvo de dois inquéritos policias, Civil e Militar, o futuro de Leandro dentro da corporação é incerto.

“Ele está afastado e recebendo tratamento psicológico. Imagine o trauma que ele sofreu ao saber que o tiro que matou a jovem e o colega dele partiram de sua arma”, declara o tenente-coronel Paulo Serbija Filho, assessor de comunicação da Polícia MIlitar. 

Ainda de acordo com Serbija, ao mesmo tempo em que a Polícia Civil abriu as investigações contra o Leandro Souza foi iniciado também um processo dentro da Polícia Militar. “No nosso caso, o processo está em curso e temos que esperar o resultado do inquérito para depois ele ser submetido à Justiça Militar”, explicou o tenente-coronel da PM.

Outra revelação envolvendo o PM foi anunciada pelo delegado Walfrido Nascimento, titular da investigação na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Conforme ele, em depoimento, Leandro afirmou que ele e seu parceiro entraram na casa de câmbio para se refrescar 15 minutos antes do início do assalto. Porém, as mais de duas horas de gravação do critcuito interno de câmeras da casa de câmbio apreendidas pela Polícia Civil contradizem o depoimento do PM. 

“Eles ficaram bem mais do que 15 minutos, mas esse não é alvo de investigação da Polícia Civil, nós apenas vamos encaminhar a cópia dos autos para a corregedoria da PM”, ponderou Walfrido.

Enquanto no processo instaurado pela Polícia Civil, Leandro Almeida de Souza responderá por duplo homicídio na forma dolosa, quando há intenção de matar ao reagir ao assalto cometido pelo ladrão Edmilson Pedroso. Em depoimento à Polícia Civil antes do resultado do laudo de confronto balístico entre as três pistolas ponto 40  armas apreendidas no local (as duas pistolas dos militares e a usada por Edilson) Leandro afirmou  que agiu em legítima defesa por acreditar que o assaltante Edilson Pedroso da Silva tinha atirado primeiro. A Polícia não fez nenhum pedido de prisão contra o jovem pelo entendimento de que ele reagiu a uma agressão.

Quanto à finalização do inquérito civil, o Walfrido informou que ainda aguarda os resultados da pericia na cena do crime e da análise das gravações do circuito de vídeo. De posse dos laudos, ele espera a conclusão do inquérito nesta quinta-feira (27).





Fonte: Olhar Direto

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