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Segunda - 24 de Março de 2014 às 19:39
Por: Pollyana Araújo

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Arquivo pessoal)
Márcio está internado no Pronto-Socorro de Várzea Grande
Márcio está internado no Pronto-Socorro de Várzea Grande

Sobrevivente de uma chacina em um bar no Bairro São Mateus, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, Márcio Santana da Silva Pinho, de 20 anos, aguarda por uma cirurgia na coluna após levar um tiro na região do pescoço, no mês passado. A família já conseguiu três decisões determinando a realização do procedimento cirúrgico, porém, as liminares ainda não foram cumpridas. Ele está internado no box de emergência do Pronto-Socorro de Várzea Grande.

A Secretaria de Saúde do Estado informou ao G1 que Márcio seria encaminhado para a Santa Casa de Misericórdia, mas, como os equipamentos da unidade estão com defeito, a transferência não pôde ser feita. Desse modo, segundo a assessoria da pasta, ele deve ser transferido para o Hospital Regional de Cáceres, a 250 km da capital, onde deverá passar por cirurgia.

A tia dele, Zita Aparecida da Silva, que o acompanha na unidade, disse que o jovem ainda não passou por nenhuma cirurgia e que o procedimento ao qual precisa ser submetido custa mais de R$ 100 mil, montante que a família não dispõe. "Desde o acontecido, ele só vem tomando medicamentos e fez fisioterapia três vezes. Ela já teve pneumonia e tétano durante o período em que está internado", contou.

Segundo ela, a cirurgia a qual ela precisa ser submetido só é feita nos hospitais de Cuiabá. Por isso, Márcio precisa ser transferido do Pronto-Socorro de Várzea Grande.

Uma das decisões que obriga o estado a realizar a cirurgia em Márcio partiu do juiz Alexandre Elias Filho, da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública. Na liminar, o magistrado destaca que os documentos médicos comprovam a necessidade do procedimento. "Os documentos que acompanham a inicial comprovam a patologia da parte autora e a indicação médica para a realização da cirurgia, bem como menciona o risco de morte", diz, em trecho do documento expedido no dia 28 do mês passado.

Zita contou que os médicos já adiantaram que, provavelmente, o sobrinho ficará com sequelas em decorrência da lesão na coluna cervical. "Ele deve ficar paraplégico, na verdade, já está paraplégico", declarou. Na chacina, cinco pessoas morreram, incluindo o proprietário do estabelecimento, e três ficaram feridas. Os outros dois rapazes que sobreviveram já receberam alta hospitalar.

No dia do crime, Márcio estava junto com primos e conhecidos, de acordo com a tia dele. "Os meninos tinham passado lá para comer na lanchonete. Depois, chegaram os caras e foram atirando", disse. O sobrinho relatou não ter visto nada, mas que pensou que fossem policiais. "Ele fala que foi muito rápido e que os suspeitos chegaram e mandaram que virasse de costas. Ele pensou que fosse uma revista normal".

Relatos de testemunhas à Polícia Militar na madrugada do dia 22 do mês passado dão conta de que quatro homens entraram em um bar onde estavam as vítimas. Eles mandaram que todos ficassem de pé e perguntaram quem tinha passagem pela polícia. Nisso, gritaram as iniciais de uma facção criminosa e começaram a atirar nas vítimas de forma desordenada, atingindo oito pessoas. Os homens estavam encapuzados.

Até esta segunda-feira (24) nenhum suspeito de envolvimento na chacina foi preso. As investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ainda não foram concluídas. O inquérito corre em sigilo.





Fonte: Do G1 MT

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