Frotas do Metrô que custaram mais de R$ 2 bi têm falhas e colocam usuários em risco
O professor de engenharia mecânica do Instituto Mauá de Tecnologia Aurélio da Dalt explica que problemas desse tipo envolvem o sistema de controle e colocam em risco os passageiros. Segundo ele, as falhas devem ser corrigidas o mais rápido possível.
— Uma das características do sistema de frenagem é justamente ele ser de tal forma que não dê solavanco nenhum. [...] O operador vai tentar reduzir a velocidade, por um joystick. Mas, se isso estiver desregulado, mesmo no modo automático, vai dar problema, porque é do trem, não é um problema de controle.
De 2009 a 2013, o número de falhas graves no metrô aumentou 105%, segundo o Sindicato dos Metroviários. Além disso, nos trens das frotas K e L, há trepidações nas portas, ar-condicionado que não funciona, panes em sensores e nos freios. Outros defeitos que colocam em risco a segurança dos usuários também são frequentes nos trens novos, da frota H, segundo os funcionários
Outro lado
Em nota, o Metrô informou que as freadas acontecem quando o trem à frente fica parado na plataforma mais tempo do que o programado, seja por falha ou por usuários que impedem o fechamento das portas. A companhia ainda esclareceu que a aceleração, frenagem e o tempo de parada são coordenados por um sistema automático e que o operador só assume o controle em caso de anormalidades.
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