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Policia MT
Quinta - 22 de Maio de 2014 às 14:48

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Chega a 188 o número de mortes contabilizadas de janeiro até agora em Cuiabá e Várzea Grande. O número já é maior do que a quantidade de crimes registradas no primeiro semestre de 2013, que teve 181 casos de execuções e também de latrocínios (roubo seguido de morte). Uma das mais recentes vítimas trata-se do empresário Francisco Assis Egel, de 55 anos, que morreu durante a madrugada de quarta-feira (21), após ficar sete dias internado em estado gravíssimo no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC).

A vítima havia sido baleada com um tiro na nuca durante uma tentativa de chacina registrada no dia 14 de maio, no bairro Nova Esperança II, região do Pedra 90. Além de Francisco, foram baleados também Milton Santiago Pereira de 51 anos e Ariosvaldo de Lara Pinto, de 55 anos. Os disparos foram efetuados por volta das 19h, em frente a um supermercado, quando era grande a concentração de pessoas no local. Nenhum dos suspeitos do novo atentado foi identificado até o momento. O crime foi registrado 24 horas depois do bairro ser palco da chacina que vitimou Bruno da Silva Assunção, Claudemir dos Santos Souza, o “Cabralzinho” ,27, e o terceiro ferido, Thiago Alexandre dos Santos Assunção. Os três foram executados a tiros de pistola.

Para o professor doutor e pesquisador do Núcleo Interinstitucional de Estudos da Violência e Cidadania, Naldson Ramos, incidem sobre os números erros históricos. “O poder público tem agido desconsiderando o contexto social. É o mesmo que enxugar gelo, somente se combate os efeitos da violência e não a causa”. O pesquisador pontua ainda que o sentimento de impunidade, diante de uma quantidade expressiva de crimes em detrimento da resolutividade e permanência na prisão dos responsáveis, acaba por favorecer a grupos que disputam territórios.

“Em muitos casos não há uma testemunha e na sequência aparecem duas, três mortes, e o sistema não apresenta a resolução. Como o sistema de justiça criminal não tem respostas pronta, mesmo desarmada fisicamente, mas com um espírito bélico a população passa a acreditar que a solução é dar jeito com as próprias mãos”.

Há 30 anos atuando junto a Polícia Militar no Estado, o coronel Osmar Lino Farias, ex-comandante geral da Instituição e atual secretário adjunto de Segurança Pública, os investimentos em tecnologia e no setor de inteligência são maciços. “Todo o trabalho é realizado com base no que chamamos de áreas quentes. Há um planejamento de ações, baseadas e georreferenciamento”.

Para ele, apesar dos números de homicídios, não existem elementos que indiquem se trate de um grupo de extermínio em atuação. “Percebe-se que as pessoas que estão morrendo possuem distanciamento das ações policiais o que potencializa, as deixa mais vulneráveis”. 





Fonte: Olhar Direto

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