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Politica MT
Sábado - 24 de Maio de 2014 às 01:12

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O empresário e senador Cidinho Santos (PR) afirma que Blairo Maggi, assim que chegar da viagem ao exterior, vai esclarecer à sociedade que nada tem a ver com suposta negociação de vaga no Tribunal de Contas do Estado, com saída de Alencar Soares e nomeação de Sérgio Ricardo, e muito menos qualquer relação ou negócio com Júnior Mendonça, pivô dos escândalos que levaram a Polícia Federal a desencadear cinco etapas da operação Ararath.

Dono da rede de postos de combustíveis Amazônia Petróleo e da factoring Globo Fomento, Júnior passou a prestar informações em regime de delação premiada (em troca de benefícios na acusação). Ele afirmou à PF que em 2009, Blairo, então governador, teria obtido, por meio do então secretário de Fazenda Eder Moraes, hoje preso na Papuda em Brasília, um empréstimo de R$ 4 milhões para beneficiar Alencar, que deixou o TCE para abrir vaga a Sérgio. O compromisso de ajudá-lo teria sido firmado em setembro daquele ano, durante viagem à África do Sul. Blairo, Eder e Alencar estavam na comitiva de 35 pessoas - saiba mais aqui.

Para Cidinho, “Blairo jamais se envolveria nesse tipo de coisa (compra de vaga no TCE). “Ele (Blairo) não paga almoço para uma pessoa. Não dá nada para ninguém. São ilações de terceiro envolvendo o nome dele. Não há fato concreto sobre a pessoa do Blairo, que não precisa disso”, enfatiza o senador que, pela segunda vez, substitui no Senado o titular da cadeira. Avalia que, pela conduta ética e seriedade, o ex-governador jamais faria qualquer esquema e muito menos permitiria isso. Lembra que Blairo recusou por duas vezes ser ministro por uma questão ética, pois possui negócios empresariais com o governo federal.

O senador licenciado está em viagem com a família a 10 países da Europa. Retorna a Mato Grosso no próximo dia 27. Cidinho destaca que o indeferimento do pedido do ministro do Supremo, Dias Toffoli, feito pela polícia para realizar buscas na casa do senador, já é uma prova de que não há envolvimento do aliado, de quem é fiel politicamente.

Cobrança

De acordo com Cidinho, durante os quase 8 anos de mandato, Blairo nunca conversou com Júnior Mendonça. Depois que o hoje senador deixou o Palácio Paiaguás, o delator apareceu no Grupo Amaggi para fazer cobrança de cerca de R$ 4 milhões, quando Blairo reagiu de forma dura, afirmando que nunca havia feito negócio com ele, tanto que não o conhecia, e o expulsou da sala. Júnior procurou Blairo que, diz Cidinho, só o atendeu por insistência do ex-conselheiro do Tribunal de Contas, Ary Leite de Campos (já falecido), sogro do próprio Júnior. Observa que no próprio depoimento, Júnior Mendonça conta que Blairo reagiu à cobrança com indignação.





Fonte: RD News

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