Repórter News - reporternews.com.br
Politica MT
Terça - 27 de Maio de 2014 às 11:28

    Imprimir


Um dos empréstimos contraídos pelo ex-secretário de Estado, Eder Moraes (PMDB), junto ao empresário Júnior Mendonça - pivô da Operação Ararath - teria como destinação final as mãos do juiz Roberto Teixeira Seror, da 5ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá. O montante na ordem de R$ 500 mil seria o acerto fruto de decisão judicial favorável ao governo do Estado.

A informação foi dada pelo próprio Júnior em depoimento à Polícia Federal, conforme documentos que o Rdnews teve acesso, referente ao depacho da Justiça Federal. A sentença proferida em 2011 pelo Pleno do TJ sequestrou R$ 80 milhões (não se sabe de quem) destinados ao erário do Governo. Informações não-oficiais dão conta de que o magistrado Seror teria sido o intermediário entre o Executivo estadual e os desembargadores para negociar a sentença.

Essa não é a primeira vez que o nome do juiz aparece em documento da operação. Lista indicou supostos pagamentos que teriam sido efetuados pela São Tadeu Energética - laranja no esquema de empréstimos fraudulentos operado por Júnior Mendonça - a fim de beneficiar os empréstimos milionários teriam beneficiado Seror e outras pessoas.

Júnior Mendonça entregou à PF bilhetes escritos por Eder em que discrimina a destinação dos empréstimos que solicitava ao empresário. Ele informou aos agentes ter visto na imprensa a notícia sobre a recuperação dos R$ 80 milhões e questionou ao ex-secretário se os R$ 500 mil seriam usados para pagar a decisão. Eder confirmou que sim.

Curiosamente, o suposto valor da causa (R$ 80 milhões) é o mesmo citado pelo ex-assessor especial do vice-governador Chico Daltro, Rowles Magalhães, para pagar membros do governo Estadual, em negociação feita no fim de 2011 e início de 2012, referente a licitação do VLT, a fim de determinar o vencedor do certame. O acerto fraudulente, segundo denunciou Rowles para o site UOL Esporte à época, fora articulado entre os três consórcios primeiro colocados na concorrência. O caso foi arquivado pelo Tribunal de Justiça, este ano, por falta de provas.

O caso já deve estar entre as investigações da PF, por meio da Operação Ararath. Isso porque, entre os documentos entregues por Eder à polícia estão informações sobre a construção do VLT. A informação foi dada pelo promotor de Justiça Marcos Regenold, acusado de ajudar Eder nos esquemas. Diante da situação, Regenold pediu afastamento do MP.

Outro lado

O juiz Roberto Seror informou, por meio de assessoria de imprensa, que não irá se pronunciar, pois desconhece o assunto.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/395854/visualizar/