Sem parceira, obra de R$ 46 milhões da Mário Andreazza continuará sem iluminação

A rodovia Mário Andreazza deverá continuar sem iluminação. O Governo do Estado não conseguiu firmar parceria com a Eletronorte para instalar a rede elétrica no local. A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) informou ao Olhar Direto que o único compromisso assumido foi a duplicação da via. A Prefeitura de Várzea Grande alega inviabilidade econômica.

Ao Olhar Direto, a assessoria de imprensa da pasta informou que não se viabilizou o recurso para a iluminação. Ainda foi dito que o compromisso assumido pela Secopa foi o de duplicar a Avenida e isso foi realizado e que a obra está concluída e passa pelo crivo dos fiscais de engenharia da Secretaria antes de ser recebida pelo Governo do Estado.

O secretário de Serviços Públicos e Transportes, que atua também como representante oficial de Várzea Grande na Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), Roldão Lima Júnior, revelou para a reportagem que a Eletronorte não teria se posicionado positivamente à proposta do Governo do Estado.

Roldão ainda disse que “o município não tem condições de instalar a iluminação. A obra custaria mais de R$ 15 milhões aos cofres de Várzea Grande. As vias são muito largas, portanto, a iluminação só no canteiro central não seria o suficiente. Serão necessários, em média, 36 km de redes”.

Por fim, o secretário ainda relata que a obra não foi entregue para a prefeitura de Várzea Grande: “Ainda não há uma previsão de quando será entregue para nós”. De acordo com o Portal da Transparência, o custo total do corredor da Mario Andreazza, cujo contrato não previa a iluminação no local, foi de R$ 46 milhões. Neste valor estão inclusas as despesas com a desapropriação. A duplicação custou R$ 26,2 milhões enquanto as obras na ponte ficaram orçadas em R$ 11,7 milhões. O projeto básico ficou em R$ 1,6 milhão.

Mortes – A rodovia Mario Andreazza já foi cenário de vários acidentes. Em vários dos casos o maior problema foi a falta de iluminação no local. A baixa visibilidade por conta do problema potencializa o risco de algo mais grave acontecer. Só em 2014 foram registradas várias mortes no trecho.