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Segunda - 19 de Janeiro de 2015 às 17:28

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O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, que participa do processo em nome do Governo
O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, que participa do processo em nome do Governo

O Palácio Paiaguás iniciou uma articulação para tentar atrair o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), candidato a presidente da Assembleia Legislativa, para o grupo de onze deputados que estão alinhados ao governador Pedro Taques (PDT).

Esse grupo compõe outra chapa na disputa, encabeçada pelos deputados Emanuel Pinheiro (PR) e José Eduardo Botelho (PSB), candidatos a presidente e primeiro-secretário, respectivamente.

Maluf lidera um grupo que, hoje, somaria treze deputados em torno de sua candidatura. O candidato à primeiro-secretário em sua chapa é o deputado Mauro Savi, que exerce o mesmo cargo, atualmente, ao lado de José Riva (PSD), presidente do Poder.

Maluf é aliado de Taques, e seu partido foi um dos que se coligaram para apoiar sua candidatura ao Paiaguás. Além disso, sua família teve um papel importante na eleição de Taques, colaborando com estrutura e se engajando politicamente no projeto.

Apesar disso, Taques não engole o fato de Maluf ter, em seu grupo, vários parlamentares de oposição, muitos que atuam alinhados a Riva. Justamente por isso, ele tenta viabilizar a unificação dos dezesseis deputados para, em seguida, "abençoar" a vitória do grupo "puro".

Reunião

O deputado Guilherme Maluf, que lidera grupo na disputa à Mesa Neste domingo, Taques e seu secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, se reuniram com um grupo de deputados, em Cuiabá, para definir os termos da estratégia.

Pelo que apurou a reportagem, o governador quer que Maluf volte para a base aliada e traga, por tabela, mais quatro deputados, que atualmente apoiam a sua chapa.

Com isso, o grupo ficaria com dezesseis parlamentares e venceria a disputa.

Durante a reunião, que aconteceu à noite, o grupo reafirmou essa estratégia e disparou várias ligações a deputados que apoiam a chapa Maluf-Savi, mas que em tese são da base governista.

Nos telefonemas, houve apelos para a formação do novo grupo e sinalizações por parte do Paiaguás.

Antes de aceitar integrar o grupo, Maluf terá que assinar um documento com propostas a serem implantadas na Assembleia, entre elas a redução do duodécimo (repasse constitucional do Executivo), que deve girar em torno de R$ 34 milhões mensais em 2015.

Outro compromisso será o de dar a máxima transparência à gestão do Legislativo, com publicação de balanços de receitas e despesas trimestrais.

Se fizer isso, Maluf terá, em seguida, que disputar com Emanuel Pinheiro, no grupo, a condição de candidato a presidente.

Os termos da estratégia já foram passados a Maluf pelo Palácio Paiaguás, na última sexta-feira.

Articulação

Apesar de garantir, publicamente, que não irá interferir na disputa da Mesa Diretora da Assembleia, o governador escalou Paulo Taques para acompanhar e participar ativamente das articulações. Paulo tem, inclusive, liberdade total para falar em nome do governador.

Nos últimos dias, o secretário tem conversado constantemente com diversos parlamentares, e tentado ajudar a viabilizar o grupo com dezesseis votos.

O Paiaguás conta, a seu favor, com o poder da máquina pública e o prestígio inerente ao início da gestão. Desta maneira, tenta convencer alguns deputados a mudarem de grupo, saindo da base atual de Maluf.

O deputado Emanuel Pinheiro, candidato a presidente na chapa de situação É importante destacar que, nesse tipo de eleição, há uma “volatilidade” grande que paira sobre alguns deputados. Isso faz com que, numa hora, estejam em um grupo mas, dependendo das articulações (e "mimos"), podem migrar para o outro.

Apesar da movimentação nos bastidores, a reportagem apurou que o Palácio Paiaguás não entrou "pra valer" no jogo. Ou seja, Taques não usou nenhum artifício para sacramentar votos, seja em relação à chapa de Pinheiro, seja para atrair os “voláteis” que estão na chapa de Maluf.

Com o afunilamento das articulações, no entanto, já que a eleição ocorre no próximo dia 1 de fevereiro, a tendência é que os grupos intensifiquem seus movimentos.

Isso poderá exigir que Taques acione, de vez, o "rolo compressor" do Governo.

Ou, então, que se afaste definitivamente das articulações, sob pena de correr o risco de amealhar desgastes futuros no Parlamento, em caso de derrota de seu grupo.





Fonte: Olhar Direto

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