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Saúde
Sábado - 22 de Setembro de 2012 às 08:09

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Até o fim da próxima semana, o Instituto Vital Brazil, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, deve entregar ao Ministério da Saúde mais de 6 milhões de cápsulas de rivastigmina, medicamento usado no tratamento da doença de Alzheimer. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, Dia Mundial do Alzheimeir.

Os remédios foram encomendados pelo Ministério da Saúde, em parceria com setores públicos e privados, para estimular a produção deles no País e fortalecer o campo da saúde. O Instituto Vital Brazil será o único laboratório oficial responsável pela produção do medicamento. Segundo a assessoria instituto, o ministério repassou R$ 10 milhões em 2011 e mais R$ 70 milhões neste ano para fabricação do remédio. O governo estadual entrou com R$ 50 milhões.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) necessita de cerca de 25 milhões de cápsulas anuais para 6 mil pacientes cadastrados. Desde junho, o Ministério da Saúde pode atender aos usuários do SUS com menores custos, sem a necessidade de comprar o medicamento de empresas particulares. A distribuição ocorre gratuitamente nos polos de atendimento. Em junho, o instituto já havia entregado 6 milhões de cápsulas.

O diretor industrial do Instituto Vital Brazil, Jorge Luiz Coelho Mattos, explicou que a rivastigmina está sendo produzida em quatro concentrações: 1,5 mg, 3 mg, 4,5 mg e 6 mg, e será distribuída para 1,2 milhão de pessoas em todo o País. "Todo o Brasil recebe o medicamento. Tem Estado que recebe mais, tem Estado que recebe menos, dependendo da sua necessidade"".

O Alzheimer é uma doença degenerativa ainda incurável, caracterizada pela perturbação de múltiplas funções cognitivas, como memória, atenção, aprendizado, cálculo e linguagem, além de acarretar no comprometimento de outras atividades. Os sintomas são acompanhados por deterioração do controle emocional, do comportamento social e da motivação.

O neurologista Rafel Zandonadi Brandão, da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, disse que, por ser uma doença grave, o Alzheimer pode tornar o paciente completamente dependente. De acordo com o médico, é comum a família dos doentes de Alzheimer abdicar de sua vida social para cuidar do paciente. "Imagina o que é a pessoa ter o pai como figura máxima, que ensinou tudo na vida e que, em determinado momento, passa a usar fraldas, que ela é obrigada a trocar, porque ele o paciente não tem controle das funções fisiológicas".

Brandão destacou o alto custo com medicamentos, nos quais, segundo ele, mesmo com subsídios de laboratórios, o paciente não gasta menos de R$ 800. "São remédios são caros. O tratamento das complicações que o Alzheimer pode trazer, como pressão alta e diabetes, também é caro".

Situado em Niterói, o Instituto Vital Brazil é uma empresa de ciência e tecnologia do governo do Rio de Janeiro. É um dos 21 laboratórios oficiais brasileiros e um dos quatro fornecedores de soros contra o veneno de animais peçonhentos ao Ministério da Saúde.





Fonte: Terra

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