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Quinta - 19 de Fevereiro de 2015 às 11:54

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Bruno Cidade/MidiaNews
Prefeito Mauro Mendes diz que município não tem condições de subsidiar tarifa do VLT
Prefeito Mauro Mendes diz que município não tem condições de subsidiar tarifa do VLT

O prefeito Mauro Mendes (PSB) afirmou que o município não terá condições de subsidiar a tarifa a ser aplicada no Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que segundo estimativas do Governo do Estado, pode ultrapassar os R$ 10.

“A Prefeitura de Cuiabá não tem a menor condição de subsidiar, além daquilo que ela faz hoje”, disse Mendes, referindo-se ao subsídio previsto na lei de gratuidade de transporte aos estudantes da Capital.

"A Prefeitura de Cuiabá não tem a menor condição de subsidiar, além daquilo que ela faz hoje" O prefeito justificou que o município já gasta R$ 18 milhões para garantir o chamado passe-livre.

“Se teremos um VLT, em que a passagem será muito mais cara do que os R$ 3,10 que hoje se paga no transporte público da Capital e, que vai exigir subsídio, a Prefeitura não tem a menor condição de fazer isso”, reiterou ele.

O prefeito disse ainda, temer que a conclusão do VLT seja uma “vitória de Pirro”, expressão usada para descrever uma conquista, que de tão sacrificada e desgastada, praticamente não valeu a pena alcançar.

“O valor da tarifa nunca foi dito com clareza, com transparência e verdade para a sociedade. Enquanto isso, estamos caminhando em uma direção que não sabemos se lá no final será uma vitória de Pirro e se vai ser algo que não vai contribuir para a melhoria do transporte público na cidade. Nenhum cidadão vai pagar R$ 5, 6, 8 ou R$ 10 para andar de VLT”, disse ele.

"O valor da tarifa nunca foi dito com clareza. Enquanto isso, caminhamos em uma direção que não sabemos se lá no final será uma vitória de Pirro e se vai ser algo que não vai contribuir para a melhoria do transporte público na cidade. Nenhum cidadão vai pagar R$ 5, 6, 8 ou R$ 10 para andar de VLT" Ainda segundo Mendes, o valor da tarifa do VLT impactará também no valor pago na passagem de ônibus, não só da Capital, como também na de Várzea Grande.

“Certamente vai existir aqui um modelo unificado. Não dá para imaginar - em lugar nenhum do mundo existe isso - onde você paga uma tarifa de ônibus, aí você desce e paga uma tarifa de VLT. O que a gente imagina é um sistema integrado. Então, o custo do VLT vai impactar diretamente no custo do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande”, afirmou ele.

Licitação

A indefinição quanto ao valor da tarifa a ser aplicada no VLT, segundo o prefeito Mauro Mendes, reflete também nos estudos que preveem uma nova concorrência pública no sistema de transportes de Cuiabá.

Mendes havia publicado, no último dia 23, um decreto determinando a criação de uma comissão para realizar um estudo de viabilidade técnica e jurídica que deverá apontar a necessidade de realização de um processo de licitação mediante concorrência pública.

“Como é que eu solto uma licitação para contratar uma concessão de um serviço por dez anos, sendo que daqui seis meses ou um ano, teremos uma profunda modificação daquilo que estaria sendo licitado. Essa licitação certamente não lograria êxito na sua execução”, afirmou ele.

O prefeito chegou a justificar que o estudo para uma possível licitação do transporte público não teria sido lançada por ele antes, pois existia uma promessa de que a obra do VLT seria concluída antes da Copa do Mundo de 2014.

“Para fazer ou não temos que ter uma clareza de qual modelo a ser licitado. Nós seguramos isso durante 2013 e 2014, porque existia uma promessa do governador (Silval Barbosa) e do Governo do Estado, de entregar o VLT até junho, depois até dezembro de 2014, o que não ocorreu”, disse Mendes.

“Por isso também, é que estabelecemos nesse decreto, o prazo de seis meses para que a comissão apresente um estudo. Uma decisão dessa, ela tem que ser tomada em conjunto do Governo do Estado, do Governo Municipal, assim como a prefeitura de Várzea Grande e a população”, completou o prefeito.

Concessão

A última concessão do transporte público da Capital foi feita em 2004 e o prazo de vencimento era em 2012, mas foi prorrogada até junho de 2019 para as empresas Pantanal Transportes, Norte Sul Transportes, Integração Transportes e União Transporte (esta última faz a integração Cuiabá-Várzea Grande).

O sistema de transporte, no entanto, é muito criticado pelos usuários dos ônibus. Problemas a respeito das condições dos veículos que são colocados em circulação, sendo muitos antigos, quebrados, sucateados e sem ar condicionado são sempre citados pelos usuários do sistema.

Atualmente, 383 ônibus estão em funcionamento na Capital e atendem 5,4 milhões de usuários por ano.





Fonte: Mídia News

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