Abusos cometidos contra filha de policial teriam sido presenciados por outra criança; Polícia busca testemunha
Os abusos sexuais cometidos ao longo de dois anos pelo servidor público aposentado R.N.S, de 56 anos, contra a filha de um policial, de nove, podem ter ser sido presenciados por uma segunda criança. A situação foi mencionada pela vítima em conversas com os psicólogos da Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente (Dedica). Ao Olhar Direto, delegado Eduardo Botelho, responsável pela investigação disse que a Polícia tenta agora identificar e chegar até essa testemunha para ouvi-la e concluir a apuração do caso, descoberto no início de julho.
Diante da nova informação, a conversão da prisão temporária do acusado em preventiva, será solicitada pelo delegado na próxima semana. Em depoimento, na segunda-feira (18), o servidor negou a situação, alegando que a menor estaria sendo induzida por adultos a mentir sobre os abusos. Ele era amigo da família há mais de 15 anos e teria se aproveitado da proximidade para abusar sexualmente da menor. O homem foi detido provisoriamente desde o último dia 12, quando foi encontrado na cidade de Alta Floresta (637 km de Cuiabá).
O delegado conta que o acusado, que conhece a vítima desde seu nascimento, se mostrou frio ao longo do interrogatório, mantendo a versão de que não teria cometido os estupros. “Ele foi interrogado na segunda-feira e negou a prática do crime, como quase todas as pessoas negam. É muito raro alguém confessar um crime dessa natureza. Estamos trabalhando para conseguir ouvir esta outra criança, e creio que até a próxima semana o inquérito será concluído.”
O caso veio à tona depois que os pais da menina perceberam seu desespero ao ser informada que de realizariam uma viagem à Alta Floresta, onde o suspeito reside e a família possui um imóvel. Depois de muita insistência da família, a vítima contou para uma tia o que se passava. Em seguida os pais procuraram a delegacia na sexta-feira e denunciaram o caso. Foi informado ainda que a criança era ameaçada para que se mantivesse em silêncio, explicou.
O mais recente abuso teria ocorrido entre os dias 4 e 5 de julho, em Cuiabá. Durante os atos, a criança era obrigada a fazer carícias nas partes íntimas do suspeito e ainda foi constrangida a tocar no pênis do acusado. Ela também era submetida à prática de sexo oral e contou que o suspeito teria colocado parte do pênis em seu órgão genital. R.N.S responderá por estupro de vulnerável em continuidade delitiva, uma vez que os abusos aconteceram em série.
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