Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 28 de Março de 2017 às 18:59
Por: Lislaine dos Anjos Do G1 MT

    Imprimir


Delegado João Bosco Ribeiro está afastado das funções desde junho de 2013 (Foto: Reprodução/TVCA)
Delegado João Bosco Ribeiro está afastado das funções desde junho de 2013 (Foto: Reprodução/TVCA)

A Corregedoria da Polícia Civil emitiu parecer, nesta semana, pela demissão do delegado João Bosco Ribeiro Barros, da sua esposa, a investigadora Gláucia Cristina Moura Alt, e do investigador Cláudio Roberto da Costa, acusados de ajudarem uma quadrilha de traficantes de drogas que atuava em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

O Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) foi instaurado para apurar as condutas de delegados e investigadores alvos da operação 'Abadom', deflagrada em 2013, por supostamente darem apoio ao tráfico de drogas e por receberem vantagem indevida mediante extorsão para dar 'proteção' a uma quadrilha de traficantes. O G1 não localizou a defesa das partes. Na época em que a operação foi deflagrada, Bosco e Gláucia negaram as acusações.

Segundo a Polícia Civil, a conclusão do PAD também foi pela suspensão sem remuneração, por 85 e 90 dias, de outros dois investigadores que foram alvos da operação. Um sexto policial, que na época dos fatos encontrava-se em estágio probatório, foi demitido da Polícia Civil quando do início de tramitação do PAD.

A assessoria da Polícia Civil informou que todas as penas são passíveis de recursos das partes e que a decisão do PAD, agora, é encaminhada para o Conselho Superior de polícia, que irá decidir se acata ou não o parecer. As manifestações das defesas dos envolvidos também devem ser avaliadas pelo conselho e, apenas depois, seguem para a Procuradoria-Geral do Estado e, consequentemente, para a sanção do governador. A decisão final é publicada no Diário Oficial do Estado.

Tanto o delegado quanto os investigadores respondem a ação na Justiça em decorrência da operação e encontra-se afastados de suas funções desde junho de 2013, mas continuam recebendo salário normalmente.

Operação
De acordo com as investigações, além de tentar evitar que os criminosos fossem descobertos e presos, os réus ainda negociavam a soltura dos traficantes, como concluiu a Polícia Civil após investigações. Todos os investigados foram presos, mas Bosco e Gláucia foram soltos cerca de uma semana após a operação ser deflagrada.

Depois que o processo foi transferido da Comarca de Várzea Grande para a Vara do Crime Organizado em Cuiabá, as prisões preventivas dos dois foram decretadas novamente. Bosco, então, ficou foragido por quase três meses e se entregou à polícia em setembro de 2013. Menos de um mês depois disso, a Justiça determinou que os policiais respondessem a ação em liberdade.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/423622/visualizar/