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Sábado - 27 de Maio de 2017 às 08:57
Por: Vinicius Lemos/ Folha Max

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A Arena Pantanal foi mencionada entre as 10 arenas construídas para a Copa do Mundo de 2014 que se tornaram alvos de investigações. A menção ao estádio mato-grossense foi feita pelo site "Uol Esporte", nesta sexta-feira (26), que destacou que o aumento dos custos dos estádios investigados, em relação aos valores previstos no início das obras, chega a R$ 3 bilhões.

Na reportagem, é mencionado que entre as construções suspeitas de corrupção, nove tornaram-se alvos da "Operação Lava Jato", que apura crimes contra os cofres públicos em todo o País. A Arena Pantanal foi a única citada que não é alvo da operação da Polícia Federal, porém, o texto destacou que a obra mato-grossense também é suspeita de ter sido utilizada para esquema de propinas.

O "UOL Esporte" destaca que o valor inicial para a construção da Arena Pantanal era de R$ 454,2 milhões. No entanto, a obra já custou mais de R$ 570,1 milhões. Apesar de o texto mencionar que tal montante é o valor final, as obras da Arena Pantanal ainda não foram totalmente concluídas. O Governo do Estado analisa a possibilidade de lançar uma nova licitação, para realizar os reparos que ainda estão pendentes.

A reportagem do "UOL Esporte" frisa que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), preso desde setembro de 2015, é acusado de liderar o esquema criminoso no estádio. “Barbosa foi acusado de receber R$ 5 milhões em propina por Eder Moraes, ex-secretário da Copa no Mato Grosso. O dinheiro serviu para acelerar a contratação da obra. Mais tarde, Eder recuou. O governador está preso desde 2015 por suspeitas de liderar um esquema de benefícios fiscais e apareceu na delação da JBS”, explica.

No entanto, a publicação não especifica qual instituição estaria investigando a construção da Arena Pantanal. O depoimento mencionado pela reportagem, no qual o ex-secretário de Estado, Éder Moraes, informou sobre a suposta propina recebida por Silval Barbosa para adiantar a contratação da obra, foi prestado no âmbito da “Operação Ararath”, que foi deflagrada pela Polícia Federal para apurar crimes contra os cofres públicos em Mato Grosso. Desta forma, há a suspeita que a PF também esteja investigando a construção do estádio.

A Arena Pantanal também foi alvo de investigação da Assembleia Legislativa do Estado, por meio da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou as obras de Mato Grosso que foram feitas para a Copa do Mundo de 2014. O procedimento apontou irregularidades na construção do estádio.

Outra investigação sobre o espaço está sendo conduzida pelo Ministério Público Estadual (MPE), que instaurou inquéritos para apurar cada obra referente ao Mundial de 2014.

Atualmente, a Arena Pantanal tornou-se uma espécie de estádio-escola, que abriga 315 alunos, do sétimo ano do Ensino Fundamental ao Primeiro Ano do Ensino Médio. As aulas acontecem nos camarotes do local e a unidade escolar é voltada à prática esportiva. Esta foi uma das maneiras encontradas pelo Estado para tentar dar uma utilidade ao espaço, que causou prejuízo de R$5,9 milhões no ano passado.

OUTRAS ARENAS

As nove arenas mencionadas na reportagem do "UOL Esporte", que se tornaram alvo da Lava Jato, são: Maracanã, Arena Corinthians, Mineirão, Mané Garrincha, Amazônia, Dunas, Pernambuco, Fonte Nova e Castelão. Tais construções foram mencionadas pelos delatores da Operação Lava Jato.

De acordo com as apurações da Polícia Federal, os espaços teriam sido alvos de superfaturamento e as construções teriam sido utilizadas para pagamentos de propinas. A reforma do Maracanã, por exemplo, tinha expectativa inicial de custar R$ 600 milhões, porém foi finalizada com R$ 1,05 bilhão. Já a Arena Corinthians tinha valor inicial de R$ 240 milhões e custou, ao fim, R$ 820 milhões.





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