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Cidades/Geral
Quarta - 21 de Junho de 2017 às 10:28
Por: G1/MT

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Os convênios com a fundação de ensino envolvida com uma organização criminosa, alvo da operação ‘Convescote’, feita nessa terça-feira (20) pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), podem chegar a R$ 100 milhões. Segundo o Gaeco, os contratos foram firmados desde 2009 e os documentos alvos da operação são de 2014 e 2015. A maior parte do recurso desviado é oriundo da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

Gaeco deve analisar contratos na investigação após a Operação Convescote (Foto: Reprodução/TVCA)Gaeco deve analisar contratos na investigação após a Operação Convescote (Foto: Reprodução/TVCA)

Gaeco deve analisar contratos na investigação após a Operação Convescote (Foto: Reprodução/TVCA)

De acordo com as investigações do Gaeco, possivelmente grande parte desse dinheiro era desviado. O esquema favorecia servidores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e funcionários da Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faesp), instituição que fazia os convênios. A fundação administra programas de pesquisa, prestação de serviços e processos seletivos.

“Ao invés dela [Faesp] executar essa prestação de serviço, ela subempreitava esses trabalhos a outras empresas que só existiam no papel. Por esse trabalho supostamente prestado, essas empresas recebiam os valores da Faesp. A Faesp recebia dos órgãos e repassava o dinheiro para essas empresas de fachada e essas empresas devolviam o dinheiro para servidores do TCE ou funcionários da Faesp”, explicou o promotor do Gaeco, Marcos Bulhões.

Operação ‘Convescote' apura desvio de dinheiro público em Mato Grosso (Foto: Reprodução/TVCA)Operação ‘Convescote' apura desvio de dinheiro público em Mato Grosso (Foto: Reprodução/TVCA)

Operação ‘Convescote' apura desvio de dinheiro público em Mato Grosso (Foto: Reprodução/TVCA)

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A investigação seria sobre pagamentos fictícios de convênios pra pessoas físicas e jurídicas, que a Faesp fazia. Os convênios eram oferecidos pra órgãos públicos, no entanto, não havia fiscalização se esses serviços eram, de fato, realizados. O Gaeco estima que mais de R$ 3 milhões em recursos públicos foram desviados, porém, o valor pode ser bem maior.

“Pelo que a investigação demonstrou até o momento, isto é apenas o princípio da apuração. Temos sim a expectativa que isso evolua muito com o passar desta primeira fase e com os frutos da primeira fase da investigação, para que possamos avançar e descobrir quem são os grandes envolvidos nesse esquema”, afirmou Bulhões.

Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 16 de busca e apreensão e 4 conduções coercitivas. A ação policial ocorreu em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres.

Outro lado

A ALMT se colocou à disposição da justiça para esclarecer qualquer dúvida depois que foi deflagrada a operação convescote.

O TCE declarou que não tem mais parceria com a fundação de ensino e que não tem relação com a gestão da instituição. O órgão afirmou, ainda, que não fará prejulgamento em relação ao envolvimento de servidores na investigação.

A Faesp declarou que entregou todos os documentos requisitados pelo Gaeco e declarou que a instituição está cooperando para auxiliar na operação. Em Cáceres, o Gaeco cumpre mandados de busca e apreensão.





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