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Terça - 16 de Janeiro de 2018 às 16:37
Por: Leonardo Heitor/folhamax

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Foi instaurada há pouco na Assembleia Legislativa de Mato Grosso a Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a arrecadação e aplicação do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Com 16 assinaturas, a "CPI das Pedaladas", como vem sendo chamada, irá apurar quanto os fundos arrecadaram, como foram feitos os repasses e se houve algum desvio de finalidade destes recursos por parte do Governo do Estado.

Os parlamentares alegam falta de transparência na utilização do dinheiro destinado ao Fethab e ao Fundeb. “É de longa data o descontentamento acerca dos montantes arrecadados e distribuídos no Estado. Em que pese o esforço de diversos prefeitos em conseguir informações sobre os repasses, suas intenções fadaram-se na burocracia e decepção. É imperioso investigar a arrecadação e distribuição do Fethab, pois diante da realidade vivia em todo o Estado deve haver transparência na movimentação do dinheiro público”, diz o texto da justificativa do pedido da CPI.

O texto justifica ainda a necessidade de investigação em relação ao Fundeb (Fundo de Desenvolvimento Educacional). “O fundo deve ser investigado pelo mesmo prisma do Fethab, pois a ausência de transparência dos montantes arrecadados e sua distribuição, causam grandes prejuízos. Os valores oriundos do Fundeb, destinados a educação pública, não têm chegado aos cofres municipais, penalizando a população de vários municípios”, diz.

Assinaram a CPI dos Fundos os deputados estaduais Oscar Bezerra (PSB), Allan Kardec (PT), Zeca Viana (PDT), Mauro Savi (PSB), José Domingos Fraga (PSD), Adalto de Freitas (Solidariedade), Janaina Riva (PMDB), Guilherme Maluf (PSDB), Wagner Ramos (PSD), Baiano Filho (PSDB), Wancley Carvalho (PV), Adriano Silva, Romoaldo Júnior (PMDB), Dilmar Dal Bosco (DEM), Valdir Barranco (PT) e Silvano Amaral (PMDB). Destes, quatro são de oposição ao governador Pedro Taques (PSDB) e 12, em tese, da base de sustentação do palácio Paiaguás.

A Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) afirma que manobras do Governo do Estado reduziram o valor do repasse do Fundeb ao longo do ano, forçando prefeituras a utilizarem recursos próprios no custeio do setor. As contas só foram regularizadas, quando o governo recebeu o Auxílio de Fomento às Exportações (FEX) e repassou R$ 230 milhões para o Fundeb.

Como a transferência foi feita nos últimos dias do ano, os prefeitos não tiveram tempo para investir o recurso e temem não conseguir cumprir a meta exigida. Apesar de instalada automaticamente, a CPI só terá início efetivamente no mês de fevereiro após o fim do recesso. Ainda serão definidos os membros que comandarão a investigação sobre dois fundos que possuem recursos bilionários.





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