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Terça - 16 de Janeiro de 2018 às 16:51
Por: Thaiza Assunção/midia news

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O secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi: Teto de Gastos traz alívio nas contas do Estado
O secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi: Teto de Gastos traz alívio nas contas do Estado

O secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi, afirmou nesta terça-feira (16) que a partir de fevereiro o Estado terá um alívio no caixa de cerca de R$ 50 milhões por mês com o início dos efeitos da PEC do Teto de Gastos e a renegociação da dívida de R$ 1,8 bilhão com a União.

A renegociação da dívida, homologada no último dia 12, foi possível com a aprovação PEC do Teto de Gastos, conforme determinava o Programa de Reestruturação e de Ajuste Fiscal (PAF) do Governo Federal.

A Emenda foi aprovada em novembro do ano passado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Em troca, o Governo Federal congelou o pagamento da dívida por três anos e autorizou o alongamento do valor em 240 meses.

“Cada mês de 2018 será um mês melhor na questão financeira do Estado com a aprovação da PEC”, disse Max Russi ao MidiaNews.

O secretário analisou, porém, que o Governo enfrentará dificuldade com a Previdência e o crescimento da folha de pagamento.

MidiaNews – Qual a expectativa para este ano com relação a economia, tendo em vista a aprovação do Teto de Gasto?

Max Russi – Melhora a perspectiva. A partir de fevereiro começaremos a ter benefício com o não pagamento de parte da dívida com a União. Ainda existe a dívida dolarizada, essa vai ser um problema. Em março teremos que pagar essa parcela de cento e pouco milhões, não tem como. Mas já estamos negociando de forma avançada para setembro não pagar. Essa de março não será possível, inclusive já é uma preocupação agora do Governo o pagamento dessa dívida. Mas, a partir de fevereiro, já teremos um alívio no pagamento das contas através da aprovação da PEC e também algumas questões de ajustes dentro do orçamento. Já estamos fazendo alguns cortes no custeio para ajustar dentro da PEC. Também tem uma economia de repasses a Poderes, que vai ser uma economia significativa. Cada mês de 2018 será um mês melhor na questão financeira com a aprovação da PEC.

MidiaNews – Em quanto será o alívio a partir de fevereiro?

Max Russi – Em torno de R$ 40 milhões, R$ 50 milhões. Nós temos duas dificuldades também que nos preocupa bastante. Uma é a questão do déficit previdenciário, que tem aumentado todos os meses em torno de R$ 10, 11, 12 milhões. Para se ter uma ideia em 2017 esse déficit foi de R$ 959 milhões. Nós tiramos recursos da fonte 100 para cobrir a Previdência. Esse ano esse déficit deve passar de R$ 1,2 bilhão. Isso é algo que realmente preocupa. E ainda também o crescimento vegetativo da folha, que também acaba dificultando bastante.

MidiaNews – Na questão da Previdência, o que o Governo pensa em fazer para diminuir esse déficit?

Max Russi – Nesse momento nós estamos esperando a Reforma da Previdência em Brasília. O governador não vai mexer na questão previdenciária. Eu acho que deveria ser uma preocupação dos servidores, eu tenho falado isso com o Fórum Sindical, porque é a aposentadoria dos servidores. O próprio servidor, que vai ser beneficiado com a aposentadoria, é que tem que ter essa preocupação. O Governo, neste momento, vai aguardar a reforma de Brasília.

MidiaNews – Grande parte da dificuldade financeira que foi enfrentada no ano passado se deu em função da folha de pagamento. Por que houve esse aumento progressivo e permanente da folha?

Max Russi – Foram leis aprovadas. Por exemplo, em maio o salário da Educação será aumentado em 7,69%. Esse aumento segue até 2023. Esse aumento vai apresentar R$ 12 milhões por mês a mais na folha da Educação, que hoje é R$ 159 milhões. E isso foi em todas as categorias. Nós temos o segundo melhor salário na área da Segurança Pública. A Educação também tem um dos melhores salários do País. O governador cumpriu todas as leis de carreira e também todas as reviões gerais anunais (RGAs).

MidiaNews – Essas leis foram aprovadas quando?

Max Russi – Em 2013, 2014... Nenhuma delas foi aprovada na gestão Pedro Taques.

MidiaNews – Não foram feitos estudos para se medir o impacto dessas leis?

Max Russi – Nenhum. E naquele momento se acreditava que o Brasil talvez pudesse continuar naquele ritmo de crescimento de 2008, 2010, enfim. Mas, em 2015 tivemos a diminuição do PIB, em 2016 também. Além disso, o desemprego aumentou. Tivemos uma retração da economia, mas as reposições já estavam todas votadas.





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