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Politica MT
Quinta - 22 de Fevereiro de 2018 às 16:16
Por: Leonardo Heitor/folhamax

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O governador Pedro Taques fez duras críticas aos deputados estaduais que fazem oposição ao seu governo e negou que conhecesse um esquema de fraudes e propinas no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), investigado na Operação Bereré, deflagrada segunda-feira, pela Delegacia Fazendária e pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). O contrato com a empresa EIG segue na atual gestão, após uma alteração contratual em que o valor arrecado passoua ser dividido com o Estado.

Incomodado com críticas de parlamentares da oposição, o governador apontou que tentou por diversas vezes rescindir o contrato da empresa, mas não o fez por conta da multa rescisória, fixada em cerca de R$ 100 milhões. Ele aproveitou para alfinetar os deputados estaduais que o criticaram.

Anteriormente, o Estado ficava com 10% do valor arrecadado pela FDL, hoje EIG. “Cabe a oposição fazer oposição. Se eles tiverem algum dado sobre isso que denunciem ao Ministério Público. Aliás, de corrupção a oposição conhece bem. Se eu tivesse conhecimento, eu teria tomado as providências, assim como fiz desde o primeiro dia. Não tentem jogar a sujeira da administração passada para a minha”, declarou.

Taques afirmou que a Controladoria Geral do Estado (CGE) conseguiu encontrar uma forma de rescindir o contrato sem pagar a multa de R$ 100 milhões, mas explicou que depende de uma análise prévia do Detran para que o vínculo com a EIG Mercados seja rompido. “A Controladoria encontrou uma solução para que possamos resolver. É bom que se diga que toda a repactuação se iniciou na nossa administração. A CGE fez a recomendação e isso está sendo analisado pelo Detran. Não é pelo gabinete do governador”, completou o governador.

SILVAL E MAGGI

O governador aproveitou a solenidade que marcou a entrega das obras de drenagem e revitalização do viaduto da UFMT, na Avenida Fernando Correa, para criticar novamente a gestão do ex-governador Silval Barbosa. Ele apontou que a obra foi refeita porque esqueceram de fazer a drenagem na construção do viaduto. “Esta é uma obra de drenagem que foi feita na administração passada de péssima qualidade, que alagava tudo aqui. Aliás, fizeram a obra, esqueceram a drenagem e ninguém viu, nem falou nada. A obra estava orçada em R$ 5 milhões e nós fizemos por R$ 3 milhões. Resolveu o problema da região do viaduto da UFMT. Sem esta drenagem, isso aqui viraria um piscinão, o verdadeiro pantanal”, afirmou.

Taques também comentou sobre a possível saída do senador licenciado e ministro da Agricultura, Blairo Maggi, da política. O governador disse que torce para que o ex-governador não desista de se candidatar, mas ressaltou que esta decisão cabe apenas a Maggi. “Não conversei com o Blairo Maggi. Ele é uma grande liderança, que ajuda muito Mato Grosso em Brasília. Eu entendo que ele tem que ficar, mas é uma decisão pessoal”, sentenciou.





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