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Terça - 10 de Abril de 2018 às 14:53
Por: Leonardo Heitor/Folhamax

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O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) retomou na manhã desta terça-feira os depoimentos dos investigados e testemunhas na "Operação Bereré". Das duas oitivas programadas para esta manhã, apenas uma se concretizou.

Foi ouvido o ex-assessor do deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), Luiz Fernando da Silva Flaminio. O deputado José Domingos Fraga Filho (PSD) teve seu depoimento adiado pela segunda vez. Desta vez, ele não foi localizado pelo Gaeco. Na última semana, ele apresentou um atestado médico.

Flaminio é atualmente consultor do núcleo ambiental da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), onde recebe salário mensal de R$ 13.385,20. Ele afirmou que era assessor de Dilmar e que não se recorda como recebeu o valor de R$ 5 mil, feito por um dos sócios da Santos Treinamentos, Claudemir Pereira dos Santos, conhecido como Grilo, investigado na Operação Bereré.

“Fui assessor do deputado Dilmar Dal Bosco. Eles querem saber a origem de um recurso que entrou na minha conta. Um cheque de R$ 5 mil. Não conheço nenhum Claudemir. Na verdade eu conhecia o Grilo. Nunca tive nenhum relacionamento com ele. Não me recordo quem depositou esse valor”.

O assessor destacou que o tempo que o cheque foi depositado em sua conta para não se lembrar da origem dele. “Já fazem quatro anos. Não dá para saber com quem ele teve contato, nem quais as operações. Coloca todo mundo em uma situação ruim. Você não sabe a origem do recurso”, disse.

De acordo com Flaminio, o dinheiro pode ser oriundo de serviços feitos por ele, como consultorias, principalmente para pessoas do interior. Ele explicou que já havia prestado depoimento anteriormente para o próprio Gaeco, no âmbito da Operação Bereré.

“As vezes você recebe um valor na sua conta, mas não sabe da origem desse recurso. Se você vender um carro hoje, você não sabe se o comprador comprou com um dinheiro lícito ou ilícito É uma operação comercial que eu não me recordo. Fazem quatro anos. Como lembrar de algo há quatro anos atrás. É um valor que entrou na minha conta como qualquer outra operação. Então eu não posso prestar um serviço? A gente presta serviço para as pessoas. Muitas das vezes, quem está no interior precisa de algo na capital e você acaba fazendo. Como adivinhar que este recurso vem de questões lícitas ou ilícitas. Fazemos, por exemplo, consultoria. Estou a disposição da Justiça. Não tenho nada a ver com isso”, completou.





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