Repórter News - reporternews.com.br
Politica MT
Sexta - 04 de Maio de 2018 às 09:22
Por: Leonardo Heitor/Folhamax

    Imprimir


O ex-governador Julio Campos (DEM) afirmou que a coligação que elegeu o governador Pedro Taques (PSDB) nas eleições de 2014, teria feito uso de Caixa 2. Segundo o democrata, ex-aliado do chefe do executivo estadual, oficialmente foram gastos R$ 30 milhões durante o pleito de quatro anos atrás, mas ele admite que valores foram gastos “por fora”.

Para as eleições deste ano, a legislação eleitoral prevê um limite de gastos de cerca de R$ 5,6 milhões para a campanha para o Governo do Estado. O valor, de acordo com o ex-governador, é insuficiente. Julio Campos revelou que nas últimas eleições, a coligação que elegeu Taques, da qual ele fez parte, fez uso da prática de Caixa 2.

“É ridículo [o limite]. Na eleição passada, quando nós apoiamos Pedro Taques e sua coligação, gastamos oficialmente R$ 30 milhões. Extraoficialmente, mais algumas coisas. Não cabe a mim revelar quanto, mas não ficou só nos R$ 30 milhões”, afirmou o ex-governador em entrevista ao Programa Ponto de Vista (TBO).

Julio Campos apontou que pelo fato de Mato Grosso possuir dimensões continentais, o custo de uma campanha para o Governo do Estado seria muito maior do que o limite estabelecido pela legislação eleitoral. Segundo o ex-governador, grande parte dos valores disponíveis seria gasto apenas com o transporte e chama as novas regras de ‘utopia’.

“Uma campanha em Mato Grosso, achar que vai gastar R$ 6 milhões, para governador, em um estado do tamanho que tem. Só de avião, se gasta uns R$ 2 milhões, além de transporte, aluguel de carro, propaganda, marqueteiro. É uma utopia. Deus queira que dê certo e a Justiça Eleitoral seja eficiente no sentido de controlar os gastos por fora que esta campanha terá que fazer, possivelmente”, completou.

Em relação a possibilidade apontada nos últimos dias de que o Democratas poderia voltar a apoiar o governador Pedro Taques em uma chapa nas eleições deste ano, Julio Campos foi direto e descartou a hipótese. “Se isso acontecer, peço licença do partido e vou cuidar das minhas coisas e da minha família. Não concordo e não acho certo isso de estar, sair e voltar. Eu não vou”, sentenciou.

Acompanhe a entrevista com Júlio Campos a partir de 1 hora de programa.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/428556/visualizar/