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Segunda - 07 de Maio de 2018 às 11:57
Por: Da Assessoria

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Gerar trabalho e renda, inclusão social, novas relações de produção, distribuição, consumo, poupança e investimento, baseado em um modelo de desenvolvimento centrado na valorização do ser humano e não do capital. Este é o foco da Economia Solidária, uma alternativa para dinamizar as economias locais, promover a preservação ambiental e garantir trabalho digno e renda as famílias do Estado, guiados pelos princípios da autogestão, democracia, solidariedade, cooperação, respeito à natureza, comércio justo e consumo solidário.

Em Mato Grosso, o primeiro Plano Estadual de Economia Solidária está sendo finalizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf) e os diversos atores do segmento da Economia Solidária. A elaboração deste plano é uma das ações do convênio 774178/2012, resgatado pela Seaf e firmado entre o Governo e o Ministério de Trabalho e Emprego.

Além do Conselho Estadual de Economia Solidária (Cesol-MT), estão envolvidos na elaboração do projeto as Secretaria de Planejamento (Seplan) e de Trabalho e Assistência Social (Setas), UFMT, IFMT, Unemat, bem como a empresa de consultoria e capacitação em técnicas Gerenciais, Travessia Desenvolvimento Organizacional. O Plano será apresentado à sociedade até o final de maio, levando um panorama sobre a real situação da Economia Solidária no Brasil e em Mato Grosso.

No Estado, estima-se que mais de sete mil pessoas serão beneficiadas direta e indiretamente com o Plano. Entre elas, estão os indígenas, comunidades quilombolas, de terreiro, caboclas, extrativistas, ribeirinhos, pescadores, artesanais, comunidades tradicionais, pantaneiros e retireiros do Araguaia.

O diagnóstico da realidade desta economia foi realizado em todo o Estado, nos territórios da Baixada Cuiabana, Alto do Rio Paraguai, Grande Cáceres, Noroeste do Estado, Xingu Araguaia, Pontal do Araguaia e Portal da Amazônia.

O intuito foi verificar o que existe de bom, regular ou ruim em todo o seu processo e aspectos externos e internos, e suas oportunidades para empreendimentos coletivos. Em todos os territórios, estão envolvidos na economia solidária os setores produtivos de artesanato, catadores de materiais recicláveis, garimpeiros, mineiros, pescadores, extrativistas, trabalhadores de empresa recuperada, usuários do sistema de saúde mental e mulheres chefes de família.

Para Elisabete de Queiroz, diretora da Travessia, a existência de uma configuração institucional no Estado favorável à expansão da Economia Solidária é um fato histórico. “O movimento em si é presente e atuante. Há uma Lei da Economia Solidária, existe um convênio ativo, uma coordenadoria dedicada no âmbito da Seaf e, finalmente, o Conselho Estadual de Economia Solidária começou a se reunir dentro de uma agenda de reuniões ordinárias. Foi desta conjuntura que surgiram os trabalhos deste diagnóstico, bem como da elaboração conjunta com o Movimento do Plano Estadual de Economia Solidária, em vias de finalização”, explicou.

Segundo o diagnóstico, entre os principais benefícios do Plano Estadual de Economia Solidária estão uma maior incidência de empreendimentos econômicos solidários de base na Agricultura Familiar e/ou nos municípios com a realização das feiras populares e organização de ponto fixo de comercialização; benefícios aos empreendimentos econômicos solidários informais e apoio a formalização de outros; apoio a cooperativas que estejam buscando qualificação em técnicas de gestão e melhoria da qualidade de seus produtos; fortalecimento do papel do Centro Público de Comercialização no Centro de Cuiabá e da Central de Comercialização da Agricultura Familiar; entre outros.

No Brasil, a expressividade desta economia tem avançado. O Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) conta, atualmente, com 160 fóruns municipais, microrregionais e estaduais, 3000 entidades de economia solidária, 500 entidades de assessoria, 200 municípios e 12 governos estaduais pela Rede de Gestores em Economia Solidária.

CONSULTORIA

A empresa de consultoria Travessia teve participação direta na elaboração do Plano Estadual de Economia Solidária de Mato Grosso desde o início, tanto no diagnóstico do panorama da economia solidária no Estado quanto no processo de finalização do mesmo.

“Fomos contratados para fazer o diagnóstico e, com ele, fiquei sensibilizada pela causa. A economia solidária tem uma filosofia inteligentíssima, no sentido de as pessoas se organizarem de forma que possam produzir mais independentemente, sem ficarem alienadas à ajuda do Governo”, explicou Elisabete. “Nosso intuito é fazer com que as famílias se empoderem, tenham sua própria receita. É geração de trabalho e renda”.


Há 20 anos atuando na área de planejamento estratégico, a empresa realiza consultorias e capacitações em métodos e técnicas gerenciais. Em sua carteira de clientes constam os Tribunais de Conta (TCE) de Mato Grosso, Piauí e Tocantins, a prefeitura de Rio Verde (Goiás), diversas secretarias estaduais, prefeituras municipais, a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Ministério Público de Contas, Tribunal de Justiça (TJ-MT), MT Fomento, Sindicato dos Agentes de Tributos Estaduais de Mato Grosso (Siprotaf), Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso, Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem).





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