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Quarta - 31 de Outubro de 2018 às 17:44
Por: Érika Oliveira/Olhar Direto

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Braço direito do atual ministro da Agricultura (Mapa), Blairo Maggi (PP), o senador Cidinho Santos (PR) criticou a fusão do Mapa com o Meio Ambiente, anunciada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Cotado para integrar a equipe de transição do próximo Governo, Cidinho afirmou que ainda não recebeu um convite formal, mas disse que, caso venha a ser efetivado no grupo, irá buscar “amenizar” os danos da junção ministerial.

“Na verdade foi uma indicação da FPA [Frente Parlamentar da Agricultura], eles querem alguém que represente o agronegócio nessas negociações. Não se trata de um convite, foi uma indicação. Mas eu ainda não analisei, tenho muito trabalho como senador, não quero que uma coisa prejudique a outra. Agora, se não tiver impedimento, se não for atrapalhar minhas atividades no Senado... Mas vamos ver, ne?! Ainda não fui convidado”, disse Cidinho, nesta quarta-feira (31).

Cidinho, conforme divulgado pelo Olhar Direto, chegou a se reunir com Bolsonaro dias antes da votação para o 2º turno. O encontro se deu na casa do presidente eleito, no Rio de Janeiro, e contou com a presença de outros políticos mato-grossenses.

Questionado sobre a fusão dos Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, amplamente rechaçada por Blairo Maggi, Cidinho afirmou que, se efetivado na equipe de transição de Bolsonaro, irá defender políticas que amenizem os efeitos da decisão tomada pelo presidente eleito. Nesta quarta-feira, Maggi ratificou seu posicionamento contrário à junção dos ministérios.

“Eu concordo com o Blairo. Nós até queríamos que ele fosse mantido no Ministério da Agricultura, chegamos a fazer esse pleito ao presidente. Mas, o próprio Blairo já descartou, justamente por considerar inviável essa fusão. São atribuições totalmente antagônicas e que vão contra, inclusive, ao trabalho do Maggi em suas empresas. Como é que um produtor do porte dele vai liberar licença ambiental?”, questionou Cidinho.

“Pelo que venho acompanhando não é algo que ainda vá se discutir, ele [Bolsonaro] já tomou sua decisão com relação a essas fusões. Então, o que eu posso dizer é que, caso vá integrar essa equipe [de transição], eu vou defender políticas que possam amenizar isso”, completou.

Até o momento, conforme ampla divulgação da mídia nacional, Bolsonaro já definiu ao menos 15 ministérios: Casa Civil – que assume funções do Governo; Economia - fusão de Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior; Defesa; Saúde; Ciência e Tecnologia - que passa a atribuir questões relacionadas ao ensino superior; Educação, Esportes e Cultura; Trabalho; Minas e Energia; Justiça e Segurança; Integração Nacional – fusão de Cidades e Turismo; Infraestrutura - englobando Transportes; Gabinete de Segurança Institucional; Desenvolvimento Social – englobando Direitos Humanos; Relações Exteriores; e Agricultura e Meio Ambiente.





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