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Cidades/Geral
Segunda - 14 de Janeiro de 2019 às 09:14
Por: Thais Fávaro/Olhar Direto

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Um morador de Mato Grosso, que preferiu não ter o nome divulgado, procurou a Polícia Civil do Distrito Federal em busca de respostas sobre a causa da morte da irmã, Dione dos Santos Almeida Holanda, de 49 anos, que morreu em dezembro de 2018, após viver 10 anos na comunidade Igreja Adventista Remanescente de Laodiceia. De acordo com o irmão, a vítima “abandonou tudo” em 2008 para se dedicar ao trabalho no que chamou de 'seita'.

A líder religiosa Ana Vindoura Dias Luz é suspeita de manter a jovem em cárcere privado e não ter permitido que a vítima fosse sepultada pela família.

Dione conheceu a seita aos 39 anos, no município de Cláudia (MT). De lá, ela se mudou com outros colegas religiosos para Goiás (GO), e há dois anos para Brasília (DF), onde morreu. Durante os 10 anos em que trabalhou como costureira para a 'seita', Dione esteve imersa na doutrina da igreja liderada por Ana Vindoura. “Minha irmã trabalhava demais, direto, dia e noite costurando roupas lá dentro, amolecia as mãos de tanto costurar” relata.

Os familiares tentaram contato durante todos esses anos, mas tiveram pouco sucesso. “Nesse tempo, só consegui falar com minha irmã uma vez, se falassem ao telefone, apanhavam”. Testemunhas e ex-membros relatam que o uso e a posse de celulares são proibidos no local, somente a líder religiosa tem autorização para usar um celular.
A mãe de Dione conseguiu passar quatro dias convivendo com a filha, mas “era vigiada o tempo todo”, lembra o irmão. “Ela dizia que estava tudo bem, mas parecia que tinha alguma coisa errada, minha irmã parecia ter medo”.

A família até agora não tinha informações sobre a causa da morte de Dione, eles suspeitam que ela tenha passado mal e morrido sem atendimento médico pois o uso de remédios de farmácia também era vetado na comunidade.

De acordo com informações do site G1, o irmão de Dione foi impedido de comparecer ao sepultamento, ele queria trazer o corpo da irmã para ser velado em Mato Grosso, mas o traslado também foi negado. “Diziam que eu era o demônio”, afirma. O irmão relata que somente dois sobrinhos, que são ex-membros da seita, foram autorizados a comparecer ao velório, “enterraram minha irmã como indigente”, diz. (Com informações G1)





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