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Cidades/Geral
Quarta - 06 de Fevereiro de 2019 às 15:36
Por: Mikhail Favalessa/RD News

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Márcia Gonçalves Debesa é demitida do grupo Prox, alvo da Defaz, na Operação Sangria
Márcia Gonçalves Debesa é demitida do grupo Prox, alvo da Defaz, na Operação Sangria

Márcia Gonçalves Debesa, ex-funcionária do grupo Prox, que inclui as empresas ProClin e Qualycare, registrou boletim de ocorrência na Polícia Militar após ser demitida em dezembro. A ex-funcionária acredita que que a demissão seja retaliação por fatos revelados por ela na Operação Sangria e afirmou ter “receio de sua integridade física”.

Ela havia relatado aos policiais da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) que havia ordens dos sócios da empresa para destruir documentos relativos a contratos investigados na operação. As investigações constataram que papéis foram picotados e arquivos dos computadores das empresas foram deletados.

“Narra a comunicante que é testemunha delatante da Operação Sangria, sendo funcionária da empresa Prolaboro [Prox], e que um dia após a libertação da pessoa de Fábio Taques, que é um dos representantes da empresa Prolaboro, e que após isto a comunicante estaria fazendo serviços de rotina na unidade São Benedito e informa que recebeu uma mensagem da senhora Fabiany do RH da empresa para se apresentar ainda no período matutino por determinação da assessoria jurídica, na qual, recebeu um aviso prévio indenizado, sem justa causa”, diz parte da narrativa do boletim.

Fábio Taques seria um dos administradores do grupo de empresas envolvidas em fraudes em contratos com a Prefeitura de Cuiabá e com o Governo do Estado. Após a deflagração da primeira fase da Sangria, em 4 de dezembro, o grupo teria passado a destruir documentos físicos e digitais relativos aos contratos. Em 18 de dezembro, os envolvidos foram presos.

No dia 19, o desembargador Pedro Sakamoto revogou a prisão de Fábio Taques. A demissão teria ocorrido no dia 20 de dezembro no período da manhã e o boletim de ocorrência foi registrado às 16h.

Márcia Debesa disse “que após a comunicante questionar quem havia assinado o supracitado documento, fora informada que foi através de procuração pela assessoria jurídica, a comunicante informa que sua demissão pode ter ocorrido como forma de retaliação e que está com receio de sua integridade física”.

Réus na ação

O boletim de ocorrência consta no processo da Operação Sangria que corre na 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Na semana passada, a juíza Ana Cristina Mendes aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE).

São réus na ação: Huark Douglas Correia (sócio oculto das empresas e ex-secretário de Saúde), Fábio Liberalli Weissheimer (ocupante de cargos e funções públicas, sócio oculto nas duas empresas e sócio da 3-C-Critical Care Cuiabá Serviços Médicos Ltda), Celita Natalina Liberalli (mãe de Fábio e responsável pelo gerenciamento financeiro da organização criminosa), Adriano Luís Alves Souza (funcionário alçado à condição de sócio para ocultar a presença de outros membros do grupo e administrador das empresas), Luciano Correia Ribeiro (sócio das empresas ProClin, Qualycare e Prox), e Fábio Alex Taques Figueiredo (administrador da ProClin).

Além deles, também foi aceita denúncia contra o ex-secretário-adjunto de Saúde Flávio Alexandre Taques da Silva e Kedna Iracema Fontenele Servo Gouvea, funcionária da ProClin.





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