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Cidades/Geral
Quarta - 09 de Outubro de 2019 às 13:54
Por: Silvana Ribas/Gazeta Digital

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Madrasta acusada de envenenar e matar menina de 11 anos para ficar com herança tem prisão prorrogada pela Justiça por mais 30 dias. Jaira Gonçalves de Arruda Oliveira, 42, foi presa no dia 9 de setembro, acusada de envenenar lentamente, matando aos poucos, a enteada Mirella Poliane Chue de Oliveira. A criança chegou em óbito a um hospital privado de Cuiabá às 15h17 do dia 13 de junho deste ano. Depois de uma sequência de internações e pela suspeita da menina ter sido vítima de abuso sexual, equipe médica encaminhou o corpo de Mirella para exames de necropsia, junto ao Instituto de Medicina Legal (IML) da Capital. Laudo descartou abuso sexual mas comprovou presença do veneno carbofurano, um defensivo agrícola altamente tóxico, no organismo da criança.

Investigação prosseguiu pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança (Deddica), que obteve na Justiça mandado de prisão contra Jaira, a principal suspeita do crime pois era a única responsável pelo cuidado com a enteada, que passou a morar com o pai e a madrasta depois da morte dos avós paternos, que a criaram desde que a mãe morreu em decorrência de uma forte hemorragia, logo após o parto.

Foi justamente por causa da indenização de cerca de R$ 800 mil, obtida na Justiça, em decorrência da morte precoce da mãe Poliane Chue Oliveira, na época com 22 anos, que a menina teria virado alvo da cobiça da madrasta. Saques indevidos na conta da vítima também reforçaram as suspeitas contra a madrasta.

Os delegados Francisco Kunze e Wagner Bassi Júnior atuam na investigação que já ouviu mais de 10 testemunhas e continuam fazendo diligências. Ao ser presa, Jaira negou qualquer envolvimento na morte da enteada. Ontem, o pai da menina, José Mário Gonçalves de Oliveira, foi mais uma vez interrogado na Deddica. Ele também nega qualquer participação na morte da filha.





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