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Cidades/Geral
Quinta - 28 de Novembro de 2019 às 11:10
Por: Por Emerson Sanchez, TV Centro América

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Mulher era espancada e ameaçada pelo marido — Foto: TVCA/Reprodução
Mulher era espancada e ameaçada pelo marido — Foto: TVCA/Reprodução

A mulher, vítima de agressão por parte do agente penitenciário Edson Batista Alves, de 35 anos, preso em Cuiabá suspeito de torturar e manter em cárcere privado ela e o filho dela, de 6 anos, teme que ele deixe a prisão.

“Ele tem que ficar preso, porque ele vai vir atrás de mim, ele vai vir atrás das outras meninas, ou ele vai fazer novas vítimas. Ele não vai parar”, disse ela.

Segundo ela, em uma das sessões de espancamento que sofreu, o agente teria falado que enfiaria a cabeça dela no vaso sanitário.

O filho, de apenas seis anos, pediu que ele não fizesse isso.

“Meu filho disse: não faz isso com ela, faz comigo. E ele fez”, diz a mãe da criança.

O menino teve o braço quebrado e passou por uma cirurgia para colocar pinos no braço.

“Ele quebrou um cabo de rodo na minha cabeça e bateu com o fio do carregador da tornozeleira”, conta a mulher.

Tortura e cárcere

Criança teve o braço quebrado ao ser espancada pelo padrasto — Foto: TVCA/ReproduçãoCriança teve o braço quebrado ao ser espancada pelo padrasto — Foto: TVCA/Reprodução

Criança teve o braço quebrado ao ser espancada pelo padrasto — Foto: TVCA/Reprodução

Edson Batista foi preso na madrugada do dia 21 de novembro, após a mulher dele e o enteado fugirem e procurarem a polícia.

Segundo a polícia, a mulher e a criança eram torturadas e mantidas em cárcere privado há duas semanas. Edson chegou a quebrar o braço do enteado e o obrigou a gravar um vídeo dizendo que tinha sofrido a fratura em um acidente.


As vítimas estavam com vários hematomas pelo corpo. Elas relataram que, além de socos e chutes, eram espancadas com fio de carregador, cabo de vassoura e até queimadas com água quente.

A mãe da criança namorou Edson por três meses. Ela se mudou com o filho de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, para a capital para morar com Edson há duas semanas.

Menino foi queimado com água quente pelo padrasto — Foto: TVCA/ReproduçãoMenino foi queimado com água quente pelo padrasto — Foto: TVCA/Reprodução

Menino foi queimado com água quente pelo padrasto — Foto: TVCA/Reprodução

Ela disse à polícia que desde que começaram a morar juntos foi mantida trancada em casa e o suspeito passou a ser agressivo.

A criança afirmou à reportagem que Edson chegou a colocar a cabeça dela na privada durante as agressões.

O menino disse ainda que fingia dormir quando a mãe era espancada. No entanto, nesta semana, o padrasto percebeu que ele estava acordado e o espancou. Além dos hematomas, o menino teve o braço quebrado.

A criança foi encaminhada desacordada ao hospital.

Segundo a mãe, além das agressões, o suspeito ameaçava o filho dela de morte, caso ela o denunciasse.

A vítima contou que nessa quarta-feira (20) eles foram a um jantar na casa de amigos e ela conseguiu fugir com o filho durante a madrugada quando o suspeito foi ao banheiro. Ela procurou ajuda em uma base da Polícia Militar, em Cuiabá.

Outras vítimas

Vítimas dizem que foram obrigadas a tatuarem nome do suspeito — Foto: DivulgaçãoVítimas dizem que foram obrigadas a tatuarem nome do suspeito — Foto: Divulgação

Vítimas dizem que foram obrigadas a tatuarem nome do suspeito — Foto: Divulgação


As vítimas do agente penitenciário Edson Batista Alves, de 35 anos, preso em Cuiabá suspeito de torturar e manter em cárcere privado a mulher dele e o enteado de 6 anos, disseram que foram obrigadas a tatuarem o nome dele. Elas também denunciaram que foram espancadas e humilhadas. Durante as agressões, ele as obrigava a pedir desculpas a ele.

Segundo as vítimas, Edson marcava o horário com o tatuador, as buscavam em casa e as levavam para que fizessem a tatuagem. Com medo de serem espancadas, elas não se recusavam.

Ao todo, seis ex-namoradas e ex-mulheres fizeram denúncia contra ele à polícia. Todas elas foram obrigadas a tatuarem o nome dele. Uma delas tatuou o nome e o sobrenome: "Edson Alves", seguido de um coração.

A prisão

Edson Batista Alves, de 35 anos, foi preso em Cuiabá — Foto: Facebook/ReproduçãoEdson Batista Alves, de 35 anos, foi preso em Cuiabá — Foto: Facebook/Reprodução

Edson Batista Alves, de 35 anos, foi preso em Cuiabá — Foto: Facebook/Reprodução

Segundo a polícia, após descobrir a fuga da mulher, Edson ainda teria rastreado o celular dela. Ele foi preso rondando a base da polícia.

Após a prisão, o suspeito foi encaminhado para audiência da custódia e a Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva.

Ele foi encaminhado para um presídio militar, em Santo Antônio de Leverger.

O agente atuava no Setor de Operações Especiais (SOE), mas estava afastado do trabalho por violência doméstica e era monitorado por tornozeleira eletrônica.





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