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Segunda - 06 de Julho de 2020 às 14:20
Por: Camila Ribeiro/Mídia News

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Secom-MT
O médico infectologista Abdon Salam Khaled Karhawl: medidas de baixa efetividade
O médico infectologista Abdon Salam Khaled Karhawl: medidas de baixa efetividade

O médico infectologista Abdon Salam Khaled Karhawl, que atua junto ao Governo do Estado nas ações de combate à Covid-19, se mostrou bastante descrente quanto às medidas terapêuticas para combater a doença.

Segundo ele, alguns estudos clínicos publicados recentemente relacionados ao tratamento do novo coronavírus não se revelam promissores.

“Ninguém quer ficar doente e não ser tratado. Infelizmente, a Covid é uma infecção viral, causada pelo vírus Sars Cov 2 e não tem antiviral efetivo. Esse é o primeiro problema. Estamos decepcionados cada vez mais com a progressão da doença, a agressividade e as terapêuticas que não resolvem, que não ajudam”, disse.

Ele citou, por exemplo, a Cloroquina que até poucos meses era tida como uma droga promissora e hoje tem se demonstrado não ter eficácia para doentes hospitalizados, tampouco para prevenir a infecção.

Estamos decepcionados cada vez mais com a progressão da doença, a agressividade e as terapêuticas que não resolvem, que não ajudam

“São dois estudos muito marcantes já publicados: usando a Cloroquina para prevenção de profissionais de saúde. Não teve resultado. E foi constatado também que ela não ajuda o doente hospitalizado”, afirmou.

“E, nesse segundo aspecto, foi mais grave ainda. Lá nos EUA foi revogada a liberação emergencial dessa droga”, emendou.

O mesmo, segundo Abdon Salam, não ocorreu no Brasil. Não como uma decisão do Ministério da Saúde, mas ainda assim, grandes hospitais do País - como o Albert Einstein e o Sírio Libanês – soltaram documentos alertando aos médicos que não usem mais cloroquina em pacientes hospitalizados.

“Estamos aprendendo nessa pandemia várias coisas. Uma delas é que a cloroquina não ajuda pacientes hospitalizados. Claro que falta o meio termo entre o paciente que está sadio, usando a droga mesmo assintomático, e o doente que está no hospital. Essa pergunta ainda não está respondida ainda”, disse.

“Mas, infelizmente há um pessimismo para a comunidade científica de usar essa droga em ensaios clínicos a partir de agora, porque já se demonstrou que em doentes mais leves não funciona e na prevenção também não”.

Por fim, o infectologista disse, também, não ser aconselhável o uso de medicamentos como a Ivermectina como forma de prevenir a Covid-19.

“Não há evidência [de que ele ajude a prevenir a doença]. É desnecessário fazer isso. Não aconselho”, resumiu Abdon.





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