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Segunda - 21 de Dezembro de 2020 às 18:55
Por: Isabela Mercuri/Olhar Direto

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O presidente da Associação Mato-grossense de Municípios Neurilan Fraga (PL), reeleito pela quarta vez na última terça-feira (15), afirmou que esta eleição da AMM foi “diferenciada”, tanto pela tentativa de judicialização quanto pelo “envolvimento muito grande de lideranças políticas, até empresariais, fora do contexto do movimento municipalista, colocando lenha nessa fogueira”.

A informação foi dada no programa Opinião, da TV Pantanal, um dia após a reeleição. Neurilan disputou o cargo com Mauro Rosa, o popular Maurão, prefeito de Água Boa, que contou, por exemplo, com o apoio do governador Mauro Mendes (DEM). No último dia 4 de dezembro, onze dias antes da eleição, Maurão participou de uma reunião com o megaempresário Eraí Maggi, Mauro Mendes, o deputado estadual Nininho (PSD) e o presidente da Câmara Municipal de Água Boa, Luis César de Lara, o ‘Cézinha’ (PL).

“Foi uma eleição diferenciada, porque teve um envolvimento muito grande de lideranças políticas, até empresariais, fora do contexto do movimento municipalista, colocando lenha nessa fogueira. Declaradamente ligando para os prefeitos, pedindo apoio para os prefeitos, cobrando algum tipo de compromisso dos prefeitos. A gente viveu isso aí nos últimos trinta dias, e de forma bastante severa esse tipo de ação no sentido de convencer os atuais gestores a deixar de me acompanhar na minha reeleição para apoiar a chapa do prefeito Maurão, de Água Boa”, declarou Neurilan no programa de TV.

“Foi muito intenso esse movimento, a imprensa não acompanhou bem de perto essa situação, mas a gente viveu isso nos últimos trinta dias com declarações de prefeitos falando da forma como eles estavam sendo assediados por lideranças políticas, até mesmo empresariais”, completou. Por outro lado, Neurilan contou com apoio do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (DEM), presidente de honra de sua chapa.

Além da “briga” com lideranças políticas, Neurilan também viu alguns prefeitos entrarem na justiça para tentar barrar a eleição. “De fato houve dois municípios que entraram com duas ações pedindo a anulação da Assembleia Geral que houve no ano passado, onde houve modificações no estatuto, inclusive uma delas era de que a eleição fosse realizada no último dia 15. O juiz de primeira instancia, da Vara Fazendária, atendeu um dos pedidos, de Campo Verde, suspendendo a eleição, e a gente entrou no Tribunal de Justiça, recorremos e derrubamos a liminar”, contou.

Outra ação foi movida pelo município de Primavera do Leste, mas foi indeferida. Mesmo assim, para Neurilan o saldo foi positivo. “De 120 municípios cujos prefeitos poderiam votar, 119 votaram, pela primeira vez na história da AMM teve essa participação de praticamente 100%”, comemorou.

“Uma eleição muito tranquila, de forma transparente, as duas chapas presentes, não teve nenhum incidente na votação. No final da apuração o próprio Maurão reconheceu a nossa vitória, os prefeitos que estavam na chapa dele também reconheceram nossa vitória, em função do trabalho que fizemos nos últimos anos. Então essa questão da judicialização foi superada também, porque, veja bem, houve mudança no estatuto, isso foi uma das reclamações, mas a AMM é uma entidade privada. Por mais que ela receba recursos das prefeituras para sua operacionalização, ela é uma entidade privada. E ela é estatutária. Ela tem o estatuto como a força da lei. Uma lei que rege todas a sua operacionalidade e seu funcionamento. E o estatuto só pode ser mudado em Assembleia Geral”, finalizou.





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