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Sábado - 23 de Janeiro de 2021 às 11:20
Por: Jacques Gosch/RD News

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Ex-governador, ex-senador, ex-ministro da Agricultura e acionista da Amaggi, maior processadora e trading de soja brasileira, Blairo Maggi considera que as relações do Brasil com a China estão prejudicadas por conta da atuação do Governo Jair Bolsonaro. Embora ainda não veja danos no comércio entre os dois países no que diz respeito às commodities, admite que o episódio envolvendo a vacina Coronavac já mostra certo estremecimento.

“O Brasil não foi bem politicamente nestes últimos dois anos”, lamentou Blairo, se referindo as relações exteriores conduzidas pelo chanceler Ernesto Araújo com interferência do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República.

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Ex-governador, ex-senador, ex-ministro da Agricultura e empresário do agronegócio, Blairo Maggi, crê que é possível haver uma reaproximação com país

Membros do alto escalão do Governo Jair Bolsonaro admitem que a relação conturbada do Brasil com a China tem impedido a importação de insumos para a produção das vacinas contra o coronavírus no Brasil. Isso porque uma série de incidentes diplomáticos resultaram na relação conturbada entre Brasil e China.

Submisso ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Bolsonaro atacou a China em várias ocasiões. Um dos ataques aconteceu em outubro do ano passado , quando ele disse que o governo não compraria vacina da país asiático. "Alerto que não compraremos vacina da China", declarou.

Outro incidente foi o ataque do deputado federal Eduardo Bolsonaro, ao embaixador da China em Brasília, Yang Wanming, em novembro de 2020. Na época, o parlamentar disse que o governo brasileiro declarou apoio a uma "aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China".

Em nota, a embaixada chinesa no Brasil classificou a postagem do parlamentar como "totalmente inaceitável para o lado chinês e manifestamos forte insatisfação e veemente repúdio a esse comportamento". "A parte chinesa já fez gestão formal ao lado brasileiro pelos canais diplomáticos", acrescentou.

No entanto, Blairo acredita que ainda possa ocorrer uma reaproximação do Brasil com a China. Para isso, afirma que as autoridades precisam levar em conta que os chineses são cuidadosos com sua imagem e costumes e prezam o formalismo.

“Para recuperar essa relação, reatar os laços, é preciso diplomacia, atenção, carinho no trato. Respeito às suas culturas e costumes. Não tem segredo”, completou.

As autoridades chinesas têm ignorado o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo e até exigem sua demissão para negociar com o Brasil. Agora, que está tentando retomar o diálogo com a China é a ministro da Agricultura Tereza Cristina (DEM-MS) e o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ).





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