Delação de Silval
Ex-deputado grava vídeo ao deixar PF e diz que foi inocentado em caso de propina Bárbara Sá

Após deixar a sede da Polícia Federal, o ex-deputado estadual Wagner Ramos (PSD) publicou um vídeo, na manhã de hoje (21), segurando documentos e materiais embalados, levados durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa e no gabinete de Wagner na Assembleia, em setembro de 2017, quando ele era deputado. Segundo o ex-parlamentar, os objetos e documentos foram devolvidos pelos agentes federais após a conclusão de investigação relativa a um dos trechos da delação do ex-governador Silval Barbosa - entenda o caso.

"Graças a Deus a Polícia Federal entendeu que nós não devemos nada com relação a aquela denúncia da CPI das Obras da Copa, no qual me acusaram de ter ido pedir propina pra filho do Silvar Barbosa. Graças a Deus isso não aconteceu, está comprovado e hoje eu estou muito feliz porque é uma página nova na minha vida", comemorou ao divulgar vídeo em que comenta a situação e mostra a gravação que provocou a investigação - assista.

A apreensão ocorreu durante a Operação Malebolge, que investiga o pagamento de propina, por parte do governo Silval Barbosa, para que deputados aprovassem projetos de obras da Copa do Mundo de 2014. À época, foi divulgado um vídeo no qual Wagner aparece supostamente negociando a aprovação das contas de Silval com o irmão e o filho dele, Antônio e Rodrigo Barbosa, respectivamente.

O caso

A Operação Malebolge (12ª fase da Ararath) foi deflagrada em 14 de setembro de 207 tendo como base o inquérito em tramitação do STF, que investiga as declarações do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), em seu acordo de colaboração premiada (delação).