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Quarta - 13 de Outubro de 2021 às 06:07
Por: Allan Mesquita/Gazeta Digital

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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Embora o governo do Estado tenha anunciado o corte de impostos no combustível e em outros produtos em Mato Grosso, os consumidores não devem sentir a redução no bolso. A afirmação é do próprio secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, que afirma que a política de preços da Petrobras podem enterrar as medidas anunciadas pelo Executivo.


Durante entrevista ao programa Tribuna (rádio Vila Real 98.1), o ordenador de contas do Estado criticou a forma de calculo utilizada pela estatal, que desde 2016 acompanha a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional e do dólar.


"Nos postos de combustíveis a gente não controla esse preço, quem deve controlar é o cidadão. O governo está dando sua contribuição em reduzir R$ 0,16 centavos na gasolina e R$ 0,06 o litro no diesel. Agora obviamente a política de preço da Petrobrás que condiciona o preço que é praticado aqui no Brasil à cotação do barril de petróleo no mercado internacional e também a variação do dólar deve impactar nisso também", explicou.

Na última sexta-feira (11), a Petrobras aumentou os preços da gasolina e do gás de cozinha em 7,2% nas refinarias e anunciou que os reajustes refletem parte da alta dos preços internacionais do petróleo e do aumento do dólar.


O último reajuste da gasolina tinha sido em 12 de agosto. O do gás, em 6 de julho. Os novos preços passaram a valer a no sábado (9). "Nós acabamos de ter um aumento da Petrobras e toda a redução de impostos se perde imediatamente na medida a Petrobras aumenta os valores na refinaria. Só esse ano aumentou quase 50% a gasolina. Isso é muito impactante", acrescentou.


No fim do mês passado, o governador Mauro Mendes (DEM) anunciou a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) nos setores da energia elétrica (de 25% e 27% para 17% a todos os setores), dos serviços de comunicação, como internet e telefonia (de 25% e 30% para 17%), da gasolina (de 25% para 23%), do diesel (de 17% para 16%), do gás industrial (de 17% para 12%) e do uso do sistema de distribuição da energia solar (de 25% para 17%).


Todas as medidas precisam do aval da Assembleia Legislativa e só entrarão em vigor em janeiro de 2022. Segundo o secretário, mesmo se todos os impostos fossem zerados, não impactariam no bolso do consumidor por conta da instabilidade de preços nas refinarias.


"Ainda que o ICMS fosse zero, os aumentos da Petrobras iria fazer com que o cidadão continuasse tendo preços muitos altos. Zerando, nós teríamos prejuízos na Saúde, na educação e também para os municípios, que recebem recursos do imposto", finalizou.





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