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Politica MT
Quinta - 18 de Novembro de 2021 às 14:23
Por: Pablo Rodrigo/Gazeta Digital

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Documentos apreendidos durante a Operação Capistrum deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) no mês passado revelam que o prefeito afastado, Emanuel Pinheiro (MDB), pagou R$ 130 mil a uma servidora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) entre os anos de 2018 e 2019.

Os recibos assinados por Tânia Mara Delphino Ribeiro Azevedo foram apreendidos durante buscas na sala do chefe de gabinete do prefeito, Antônio Monreal Neto, conhecido como 'Neto', que também se encontra afastado de suas funções.

Um dos recibos foi escrito e assinado à mão, no dia 27 de setembro de 2018, no valor de R$ 80 mil. Já o segundo recibo foi assinado dias antes no valor de R$ 50 mil. Não se sabe o motivo do pagamento feito pelo prefeito Emanuel Pinheiro.

Reprodução

Relatório Emanuel - Recibo - Vale Esse

Porém, de acordo com o relatório parcial dos documentos apreendidos pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e que foram anexados na medida cautelar de afastamento que será julgado pelo TJ, aponta que Tânia seria sócia de algumas empresas.

De acordo com o MP, a servidora do TJ teria vínculo com duas empresas inativas e uma ativa. Entre as inativas estão a T. M. A. Factoring Fomento Mercantil LTDA e Diplomata empreendimentos imobiliários e construções LTDA. A empresa ativa é a Azevedo&Ribeiro Ltda ME, uma empresa de Minas Gerais atividade econômica principal é Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial. Porém, a servidora estaria irregular, já que não poderia fazer parte da sociedade.

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Relatório Emanuel - Recibo - Vale Esse

"Os documentos comprovam a relação próxima e de confiança entre ANTONIO MONREAL NETO e o Prefeito EMANUEL PINHEIRO, devido a responsabilidade daquele na guarda, por longo período (2018/2019), de recibos relacionados à valores pagos pelo Gestor Público", diz trecho do documento.

Operação Capistrum

Deflagrada em 19 e outubro pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), a Operação Capistrum decretou busca e apreensão e sequestro de bens em desfavor do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro e sua esposa Márcia Aparecida Kuhn Pinheiro, do Chefe de Gabinete Antônio Monreal Neto, da secretária-Adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza, e do ex-coordenador de Gestão de Pessoas, Ricardo Aparecido Ribeiro.

Considerado o braço direito de Emanuel desde à época em que o emedebista era deputado estadual, o chefe de gabinete chegou a ser preso em apartamento de luxo, localizado no bairro Santa Helena. Agora, ele usa tornozeleira. Todos os investigados continuam afastados de suas funções públicas.

De acordo com o MPE, os investigados estariam ligados a um esquema está de indicações políticas e contratações temporárias na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. Os contratados tinham direito ao benefício do 'Prêmio Saúde', que pagavam até R$ 6 mil a mais para os comissionados.





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