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Quinta - 16 de Dezembro de 2021 às 09:08
Por: LISLAINE DOS ANJOS

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O vereador Dilemário Alencar, que quer apuração de uso da Prefeitura para disseminação de fake news
O vereador Dilemário Alencar, que quer apuração de uso da Prefeitura para disseminação de fake news

O vereador Dilemário Alencar (Podemos) começou a colher, nesta quarta-feira (15), assinaturas para implantação de uma CPI na Câmara de Cuiabá baseada na Operação Fake News, deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira (14).

O objetivo, caso a CPI seja instalada, é apurar se a máquina da Prefeitura de Cuiabá foi usada para a propagação em massa de informações falsas com o intuito de manchar a imagem de opositores da gestão Emanuel Pinheiro (MDB).

"A Câmara Municipal precisa investigar essa grave situação, pois tudo leva a crer que houve o uso da máquina pública para a prática de crimes cibernéticos", afirmou.

Para a implantação da CPI, Dilemário precisa do apoio de nove colegas. Como o recesso parlamentar da Câmara deve ter início na próxima semana, o tema deve seguir sendo debatido após o retorno das atividades, em 2022.

Para o parlamentar, duas situações precisam ser investigadas pela CPI. A primeira é se recursos públicos da Prefeitura foram usados para bancar salários de servidores e o aparato de edição e distribuição de vídeos e posts com fake news.

A segunda é se o cadastro imobiliário da Prefeitura foi usado para a obtenção de dados de telefones do IPTU dos cuiabanos para a disseminação das fake news.

“Virou rotina em rodas de conversa em nossa cidade de que existe uma milícia digital que ataca a honra de agentes públicos de forma sorrateira através de número de telefones desconhecidos", afirmou Dilemário.

O vereador relembrou que, a partir de setembro de 2017, quando ele e os demais parlamentares da oposição assinaram a favor da abertura da CPI do Paletó para investigar o prefeito, se tornaram alvos de fake news nas redes sociais.

"Com o passar dos anos, percebemos que essa milícia se sofisticou com a edição de vídeos e posts editados com alta qualidade, que só grandes estruturas de agências de marketing têm condição de fazer”, requereu.

Na justificativa do pedido da CPI, o parlamentar citou a operação da Polícia Civil, que investiga a participação do irmão do prefeito, o empresário Marco Polo Pinheiro, conhecido como "Popó", e mais dois ex-servidores - Luiz Augusto Vieira Silva e William Sidney Araújo de Moraes - na propagação de notícias falsas e ataques a desafetos a agentes políticos.

Luiz Augusto e William foram desligados do Executivo municipal em novembro deste ano.

Entre os alvos da organização criminosa, segundo a Polícia, estão vereadores da oposição, além do governador Mauro Mendes, a primeira-dama do Estado Virginia Mendes e o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho.

"O irmão do prefeito, Popó Pinheiro, é notadamente conhecido por ter forte influência na Secretaria de Comunicação. O Luiz Augusto Vieira é tido como pessoa de confiança do Popó e era um dos responsáveis pelo marketing do Palácio Alencastro", discorreu Dilemário.

"Existem informações que Luiz Vieira trabalhava na secretaria de comunicação distribuindo fake news no horário de expediente. Já o outro servidor, Willian Sidney Araújo, que atuou na Secretaria de Saúde, é apontado como assistente de Popó na confecção de fake news", criticou.

O vereador ressaltou que o trio investigado faria militância por meio das mídias sociais, divulgando vídeos e postagens com conteúdos mentirosos em grupos de WhatsApp por telefones desconhecidos (robôs), com códigos DDD de outros estados e até códigos DDI de outros países.





Fonte: Mídia News

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