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Quarta - 20 de Março de 2024 às 10:24
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Na semana em que o Brasil bate recorde do maior número de contaminações pela dengue em um ano, Mato Grosso ultrapassa a marca de 12 mil casos prováveis (excluindo-se os descartados) da doença, tem sete mortes confirmadas e outras sete em investigação.

Na segunda-feira (18), o país registrou 1.889.206 casos nas primeiras 11 semanas deste ano.


No mesmo dia, o Estado atingiu exatas 12.059 notificações de dengue, o que corresponde a um coeficiente de incidência de 329,5 casos por 100 mil habitantes, de acordo com painel de arboviroses do Ministério da Saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera epidemia quando essa taxa é superior a 300/100 mil.

O balanço do Ministério da Saúde ainda para a ocorrência da chikungunya, com um óbito e 3.471 registros da infecção no Estado, o que corresponde a uma taxa de 94,9 ocorrências por de 100 mil pessoas e deixa o território mato-grossense na categorização vermelha para a enfermidade.

Quanto a zika, não há registro de casos prováveis, segundo o boletim.

Diante do cenário, Mato Grosso deu início à campanha de conscientização da população contra o mosquito Aedes aegypti, que transmite as três arboviroses.

A mobilização faz parte da “Semana D” contra a dengue, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, e tem o objetivo de unir forças e construir uma força-tarefa para reduzir o risco de uma epidemia em Mato Grosso.

Segundo a secretaria, as ações de conscientização começaram pelas escolas, com o objetivo de integrar a comunidade estudantil e destacar a urgência em combater o mosquito.

“A ‘Semana D’ é uma ação realizada em regime de colaboração com os 142 municípios do Estado que buscam o mesmo objetivo, como as atuações adequadas e oportunas para o enfrentamento dos casos de dengue em Mato Grosso”, disse a superintendente de Vigilância em Saúde, Alessandra Moraes.

Conforme ela, essas ações “se estendem à conscientização coletiva e abrangem do jovem estudante em sala de aula até os seus avós em casa, aumentando o núcleo de atuação no combate à dengue”.

Alessandra Moraes destacou ainda a importância do primeiro Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa/LIA) de 2024 na campanha, que aponta 59 municípios mato-grossenses em situação de alerta de infestação do vetor transmissor.

Ela explicou que essa é uma ferramenta que o gestor municipal pode utilizar para todas as medidas necessárias, principalmente, no acompanhamento dos números de dengue no Estado.

“Com isso, podemos ampliar as medidas de prevenção e controle dentro dos municípios”, disse.

Em todo país, além dos mais de 1,88 milhões de casos prováveis, ocorreram 561 mortes em decorrência da dengue neste ano até o momento.

A taxa registrada nas primeiras 11 semanas do ano é inédita.

Dados do órgão federal de Saúde indicam que esse é o maior número desde o início da série histórica, em 2000.

Para efeito de comparação, no mesmo período do ano passado, o Brasil tinha 400.197 casos.

O recorde anterior de casos prováveis ocorreu em 2015, com 1.688.688 (ao longo de todo o ano).

Em 2023, total anual de casos foi de 1.658.816, conforme levantamento do Ministério da Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação.





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