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Sábado - 23 de Março de 2024 às 12:02
Por: Ana Júlia Pereira/Gazeta Digital

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Assessoria Emanoele Daiane

Costumeiramente comemorada em abril, neste ano a Pascoa será celebrada no dia 31 de março. Mas você sabe porque a comemoração do calendário católico não tem dia fixo? Muitos são os fatores para essa mudança, desde o ano atual, que é bissexto, até o dia da semana em que cai o Natal.


Inclusive, é em dezembro que o calendário litúrgico da igreja católica começa, com os 4 domingos do advento, ritual que prepara os cristãos para o nascimento de Cristo, no dia 25.


O Gazeta Digital conversou com o Padre Deusdedit Monge Almeida, 69, responsável pela Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, que explicou sobre a definição das datas.

Mariana da Silva

Padre Deusdédit Monge Almeida


“Por muitos anos, o calendário civil se baseou no calendário da igreja católica. Nós temos um calendário litúrgico que começa em dezembro, com 4 domingos do advento, seguido pelo Natal e o tempo do Natal, aí depois são 6 semanas do tempo comum, até a quaresma”, explica.


Devido a essa influência, o Carnaval é comemorado sempre na terça-feira antes da quarta de cinzas, que é quando se inicia a quaresma no calendário litúrgico, o que evidencia a relação dos calendários civis e litúrgico e também não tem dia fixo do mês para acontecer.


Durante os 40 dias, é tempo de jejum e introspecção. A prática do perdão e de ajuda ao próximo são incentivadas ainda mais pela igreja nessa época do ano.


“O jejum não é somente você parar de comer algo, mas você pode ajudar o próximo dando aquilo que não vai faltar para você. Substituir o jejum pela caridade também faz o cristão mais ativo durante a quaresma, além é claro da oração e da penitência”, destaca.


Durante a época da Páscoa, é muito comum ver os corredores dos supermercados carregados de ovos de chocolate, um dos símbolos da festividade. Por mais que o consumo e a venda desses chocolates possam parecer apenas comerciais, eles também possuem um significado que remete à época pascal.


“Essa questão do consumo não pode ofuscar o brilho da Páscoa, mas também faz parte de um contexto de maior alegria da família que celebra a data realizando a troca dos ovos. Os ovos de páscoa possuem significado, o coelho, por exemplo, é o símbolo da fertilidade e o próprio ovo significa o nascimento de algo novo”, pontua o religioso.


As obrigações durante esse período são de participar das 3 celebrações obrigatórias para que o católico reforce ainda mais o espírito cristão.


“Existe a missa de cinzas, que é na quarta-feira e marca o início da quaresma, e as missas aos domingos. Mas o mais importante e que o fiel não pode deixar de participar é o tríduo pascal que começa na quinta-feira santa, com ceia do senhor, seguida da Sexta-Feira Santa, que não temos a missa, mas temos a celebração da paixão de Cristo, e encerra na vigília pascal no sábado. Esses 3 dias são os mais importantes para a preparação do dia da festa da ressurreição de Cristo, no domingo”, explica.


Uma curiosidade interessante que o padre explica é sobre comer somente peixe na Sexta-Feira Santa.


“O peixe é associado a eucaristia. Desde o início do cristianismo o peixe foi o alimento com que o senhor se alimentou. Em um de seus milagres, ele alimenta uma multidão com dois peixes, o que associa o alimento do povo, como alimento eucarístico. Desde o início do cristianismo, o peixe é o símbolo da presença de Cristo. Ele é um alimento bíblico, saudável, que nos favorece e nos aproxima de Deus”, enfatiza.





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