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Agronegócios
Segunda - 25 de Março de 2024 às 06:42
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que o custeio da soja para a safra 2024/25, em Mato Grosso, segue desfavorável, mesmo com uma sutil queda sobre os custos de produção, na comparação mensal.

Em fevereiro, o indicador ficou projetado em custo de produção de R$ 4.145,75/ha na média do estado, redução de 0,19% em relação a janeiro, pautada pelo recuo nos preços com os fertilizantes, corretivos e defensivos.

“Apesar da queda mensal no valor dos insumos para a safra, quando analisada a relação de troca da saca de soja para uma tonelada dos principais produtos, o cenário neste momento não está favorável para o sojicultor do Estado”, destacam os analistas do Imea.

Desse modo, para que os produtores consigam adquirir uma tonelada de Super Simples (SSP) e de Map, é necessário que entreguem 21,93 sacas e 40,45 sacas de soja, respectivamente.

“O panorama desfavorável na relação de troca é reflexo do recuo expressivo no preço futuro da oleaginosa. Neste difícil início de temporada (custos elevados e preços baixos) é importante que o sojicultor de Mato Grosso tenha na ‘ponta da caneta’ as suas despesas, para conseguir aproveitar as oscilações do mercado e minimizar os riscos da próxima safra”, afirmam.

NA CONTRAMÃO, O RECORDE – O esmagamento da soja em fevereiro alcançou recorde no processado para o mês, totalizando 1,04 milhão de toneladas, alta de 19,33% quando comparado com o mesmo período de 2023, e 17,99% maior que a média dos últimos cinco anos em Mato Grosso.

Alguns fatores influenciaram no maior volume esmagado no mês, como a abertura de novas indústrias no Estado e a demanda externa aquecida, principalmente pelo farelo de soja.

Em relação à margem bruta de esmagamento, o indicador ficou na média de R$ 538,42/sc em fevereiro, alta de 3,21% quando comparado com janeiro.

Esse cenário foi pautado pela queda nos preços da soja em grãos na média de fevereiro, que foi maior que a desvalorização nos preços dos subprodutos da oleaginosa.

“Para o mês de março espera-se que o ritmo do esmagamento continue aquecido, visto que a margem bruta nos primeiros quinze dias do mês aponta para um aumento na média estadual”, afirmam os técnicos.





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