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Politica MT
Quinta - 05 de Julho de 2012 às 14:26

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga as relações do contraventor Carlos Cachoeira com agentes públicos e privados aprovou, nesta quinta-feira (5), a convocação do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot.

Além do executivo mato-grossense, a comissão também aprovou a convocação do ex-dono da Delta Construções, Fernando Cavendish. Uma das maiores empreiteiras do país, a empresa é acusada pela Polícia Federal de integrar o esquema ilegal do empresário goiano.

A convocação do ex-chefe do DNIT se transformou numa polêmica, depois que a própria CPI rejeitou o expediente, em junho passado.

Em entrevista ao jornal O Globo, Pagot afirmou que estava sofrendo perseguição de pessoas ligadas ao Governo Dilma Rousseff para não falar à CPI do Cachoeira.

"Em todo lugar que eu desembarco, tem gente me esperando para me constranger. Até na empresa onde trabalho estão me perseguindo. A situação está muito ruim. Deixei de frequentar meus amigos para não colocá-los em risco", disse ele, na entrevista.

Também em entrevista, o líder do PR no Senado, Blairo Maggi, reafirmou que seu afilhado político sempre esteve disposto a depor na CPI do Cachoeira.

Em entrevista à Agência Estado, do grupo que edita o jornal O Estado de S. Paulo, Maggi disse que Pagot lhe revelou que saiu do PR para ter liberdade de falar o que considerar interessante, no contexto das supostas ligações do DNIT com o esquema do bicheiro Cachoeira.

"Se vai doer em um ou outro, paciência", completou o ex-governador de Mato Grosso, se referindo as possíveis consequências de um eventual depoimento do afilhado na CPI para pessoas ligadas ao esquema do contraventor e ao próprio Governo Dilma Rousseff (PT).

Sigilos

O prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), que aparece em vídeo negociando apoio a Cachoeira nas eleições em 2004, também vai depor na comissão.

As convocações foram aprovadas pelos integrantes da CPI, com os requerimentos sendo votados em bloco.

Os deputados e senadores avaliam agora os requerimentos de quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico. Depois, serão votados os pedidos de tomadas de providências sobre aspectos em avaliação pela CPI.Os depoentes não serão questionados pela CPI se recorrerem ao direito de permanecerem calados. Apenas serão obrigados a entrar na sala da CPI, fazer essa comunicação e sair.

Essa decisão foi tomada hoje pela CPI, que manteve um rito que vinha seguindo desde o depoimento de Carlos Cachoeira. O DEM anunciou que irá recorrer ao STF para ter o direito de fazer questionamentos.

Na prática, mantido o atual rito, a convocação serve apenas para marcar a disputa política entre PT e PSDB na CPI e não deve trazer novidades à investigação, porque os depoentes, se quiserem, não permanecerão muitos minutos na CPI.

A oposição tentar agora convocar o deputado José de Filippi (PT-SP), tesoureiro da ca,panha de Dilma Rousseff à Presidência da República.


Ele foi citado por Pagot, em entrevista, como um dos que lhe pediram ajuda das empreiteiras com contratos no DNIT para campanha. O PT já disse que é contra.

A CPI convocou ainda Adir Assad. O empresário recebeu milhões da Delta por meio de empresas inoperantes em São Paulo.


Com informações da Agência Senado e Folha.com





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